Não quero aqui falar como colunista do TV História, ou como pesquisador da história da TV. Quero falar como telespectador.

Algumas das primeiras lembranças da televisão são o Show de Calouros e o Viva a Noite. Nesse último, o que de fato me marcou era a brincadeira das taças.

Dali pra frente, o universo audiovisual tomou conta da minha vida e virou uma paixão: passei a olhar a televisão com curiosidade, buscando a história desse fascinante veiculo de comunicação.

Quem viveu os anos 90 sabe muito bem que a principal forma de comunicação e entretenimento era a televisão.

Muitas vezes, minha família não tinha dinheiro para sair e ficávamos assistindo televisão aos domingos. Era a nossa diversão, a nossa companhia.

Gugu trouxe aos domingos um jeito diferente de fazer programa de auditório: informação, diversão, tudo muito rápido e, às vezes, caótico.

Ele revolucionou o modo de se fazer um programa ao vivo, e isso o levou a desbancar a Globo na audiência.

A minha família se reunia para assistir ao Domingo Legal e, assim, esquecia os problemas do dia a dia.

Pessoalmente, é uma memória afetiva que me deixa feliz, pois estava com meus entes queridos descobrindo no que gostaria de trabalhar: a televisão.

Falo isso, pois o Gugu reuniu minha família e provavelmente deve ter feito o mesmo com a sua.

Polêmicas e gosto duvidoso dos quadros apresentados à parte, o que fica mesmo pra mim é isso: minha família reunida na sala de casa assistindo ao Gugu Liberato, no canal 4 de São Paulo.

A história do Gugu na televisão é para sempre e está tudo registrado em vídeos e fotos.

Eu mesmo registrei, gravando no meu velho VCR e tendo a chance de compartilhar com vocês alguns vídeos da sua brilhante carreira lá no meu canal. E que sorte poder compartilhar isso tudo com vocês!

O que me dói mesmo é que não pude compartilhar essa história com ele. Mas hoje, é isso que tenho a dizer: obrigado, Gugu.


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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor