Após a morte do apresentador Gugu Liberato, em 2019, o público começou a buscar curiosidades sobre o apresentador, ao passo em que a mídia tentava enumerar as suas diversas empresas.

Gugu Liberato - Canta Comigo
Reprodução / Record

Isso porque, além de artista, Gugu era empresário, tendo em seu nome os mais variados empreendimentos. Neste contexto, veio à tona a verdade sobre o Graal, que muita gente acreditou pertencer ao animador.

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O que é o Graal?

Graal
Reprodução / web

A marca é uma antiga rede de postos de abastecimentos com serviços que vão muito além do abastecer. A premissa das lojas sempre foi, além dos combustíveis, suprir uma necessidade ausente no mercado brasileiro e largamente difundido na Europa.

Essa ausência era da disponibilidade de um local em que os motoristas das rodovias brasileiras pudessem parar para comer, descansar e usufruir de áreas comuns.

De quem é o Graal?

Gugu Liberato e os filhos
Divulgação / Record

Ao contrário do que muita gente chegou a pensar, a rede não pertencia a Gugu Liberato. A empresa foi fundada na década de 1940 pelos portugueses Antônio Eduardo e Manuel da Rocha Alves.

Porém, quem acreditava que Gugu era o dono do Graal não estava tão errado assim. Afinal, o apresentador que passou pela Record possuía, sim, uma ligação com a marca.

Segundo o portal Diário do Litoral, o eterno pupilo de Silvio Santos detinha 25% de uma unidade da rede de postos, mais especificamente a da loja de Barueri, interior de São Paulo.

Ou seja, Gugu apenas tinha ações de uma única loja e não era dono de toda a marca. Isso joga por terra a fake news altamente difundida na web de que a sigla do nome da empresa respondia por “Grupo Alimentício Augusto Liberato”. O acrônimo era apenas uma forte coincidência.

Dono de quase tudo

Gugu e Marcelo Augusto
Reprodução / web

Ao longo de sua vida, Augusto Liberato também se dedicou fortemente ao mundo do empresariado. Nos anos 1980, ele abriu a Promoart para gerenciar sua própria carreira. Mas a agência acabou empresariando também outros artistas, como Marcelo Augusto (acima) e os grupos Banana Split, Dominó e Polegar.

Gugu também instituiu a GPM, a Gugu Produções e Merchandising, a cargo de negociar ações de merchandising das atrações que fazia no SBT. Na empresa, ele era sócio do também falecido Sergio Murad, mais conhecido como Beto Carrero.

Outro negócio de Gugu era a Dominó Comércio Internacional, que exportava alimentos e bebidas. O ícone dos domingos lançou ainda revistas e até mesmo Lojas do Gugu e o Parque do Gugu, além de padarias e boate.

Uma de suas empresas mais famosas foi a GPP, que atuava no setor das produções audiovisuais. A produtora, inclusive, foi a responsável pela realização do Gugu, um de seus últimos programas, exibido nas noites de quarta na Record. Com o fim da atração, o apresentador passou a comandar o Power Couple Brasil e o Canta Comigo.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor