Globo transforma reta final de Pantanal em A Viagem

A Viagem

Entidades, manifestações mediúnicas, reencarnação… Parece, mas não estamos falando de A Viagem, clássico de Ivani Ribeiro que a Tupi e a Globo produziram em 1975 e 1994, respectivamente. É Pantanal que vem apostando alto em tais elementos!

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O remake da obra de Benedito Ruy Barbosa, assinado por Bruno Luperi, terá ares de trama com temática espírita nos próximos capítulos – além do que já vimos até aqui, com o corpo de Maria Marruá (Juliana Paes) preso em uma onça e previsões do Velho do Rio (Osmar Prado).

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Marruá neta

Nos capítulos que encerram esta semana, o público assistirá o nascimento da filha de Juma Marruá (Alanis Guillen) com Jove (Jesuíta Barbosa). A bebê terá a alma de outra personagem marcante do folhetim, Maria Marruá.

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Nesta sexta-feira (23), Juma vai sozinha até o rio, implorar a ajuda do Velho do Rio para o parto. A entidade que cuida do bioma conseguirá trazer a menina, batizada Maria Leôncio Marruá, ao mundo. O Velho também irá apresentar a fauna e a flora local para a pequena…

Conforme o homem-sucuri previu, Maria Marruá reencarnará na neta, que leva seu nome – acrescido do sobrenome do pai. A mulher-onça perguntará da criança, definida pelo Velho do Rio como a rainha das águas, símbolo de uma nova geração:

“É minina… Tinha que sê. Ela já tá batizada. Maria Leôncio Marruá. Vai sê rainha dessas água e dessas mata. E um dia vão contá a história dela, da mãe e da avó”.

Inspiração?

O acontecimento em Pantanal lembra muito o de A Viagem, que a Globo regravou em 1994, com grande sucesso, para às 19h.

No folhetim de Ivani Ribeiro, Alexandre (Guilherme Fontes), após aprontar poucas e bocas, quando vivo e depois de morto, acaba arrependido de seus atos. Ele então segue para a evolução de sua alma.

O vilão deixa o Vale dos Suicidas e vai para o Nosso Lar, onde aprende a ser um espírito de luz. Ele decide fazer diferente em uma nova passagem pela Terra, tão logo recebe a oportunidade de reencarnar.

Cabe ressaltar que A Viagem era uma obra assumidamente voltada para a abordagem da doutrina espírita, diferente de Pantanal, que explora o “sobrenatural” a partir dos mitos e das lendas que dominam a região.

É o que explica, por exemplo, o fato do Velho do Rio, uma entidade capaz de se transformar em réptil, sentir fome ou a dor de um tiro. Também as manifestações do cramulhão através de Trindade (Gabriel Sater) e Irma (Camila Morgado).

O autor Benedito Ruy Barbosa já explorou temáticas semelhantes em outras produções. O cramulhão, inclusive, era apontado como aliado de poderosos fazendeiros, Eleutério (Cláudio Corrêa e Castro) e José Inocêncio (Antonio Fagundes), em títulos como Paraíso (1982) e Renascer (1993).

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