Globo toma atitude surpreendente envolvendo substituta de Vai na Fé
18/07/2023 às 11h00
A Globo surpreendeu com um recurso adotado em Fuzuê, substituta de Vai na Fé às sete. A trama de Gustavo Reiz vai contar com um elemento utilizado em tramas do passado e da concorrente Record.
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Nathalia Timberg foi escalada para narrar o folhetim. Portanto, a sua voz deve aparecer bem mais do que a sua imagem.
A veterana também poderá ser vista no vídeo, em cenas não tão corriqueiras, como flashbacks.
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Aliás, será exatamente fazendo referência ao passado dos demais personagens que Nathalia entrará em ação.
Retomada da narração
A narração é um recurso abandonado pela Globo há bastante tempo. Uma das últimas produções a contar com esse artifício do início ao fim foi O Pulo do Gato, realizada em 1978.
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No folhetim, esquecido pelo público e pela emissora, o comediante Paulo Silvino tinha a função de contar a história sem dar as caras no vídeo. Sua única aparição ocorreu no último capítulo.
Na trama, ele imprimia um tom de suspense com o uso de sua voz. A passagem de Silvino por O Pulo do Gato ficou marcada pelo termo “confere?”, usado no fim de cada narração.
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Conforme destaca o site Teledramaturgia, Silvino deu as caras nos momentos finais da produção e, mesmo assim, de óculos escuros, sobretudo e chapéu, todos na cor preta, mantendo o mistério sobe o contador da história.
A nova novela das sete
A função narrativa terá um papel importante em Fuzuê, pois, ajudará a explicar os plots que serão abordados na narrativa e ditará o destino dos personagens.
O recurso será essencial para explicar a história central, principalmente o sumiço de Maria Navalha (Olivia Araujo), mãe da mocinha Luna (Giovana Cordeiro), após uma visita à loja que dá título à novela.
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Outras produções
A narração esteve presente também em Aquele Beijo (2011), quando a voz de Miguel Falabella, o autor, surgia para explicar um determinado passo do enredo.
O recurso também vem sendo largamente utilizado pela Record. Nas tramas Gênesis (2021) e Reis, Flávio Galvão e Ingrid Conte, respectivamente, responderam pela voz de Deus.
Na extinta Manchete, A História de Ana Raio e Zé Trovão (1900) contava com um narrador de boiadeiro relatando ações dos personagens.
Em Brida (1998), derradeira produção da rede carioca, o desfecho da trama foi possível graças a tal recurso, já que os atores deixaram de trabalhar em represália à falta de pagamento.