Globo surpreende e troca Todas as Flores por produção evangélica

Tentando fazer as pazes com os evangélicos a todo custo, a Globo, que sempre teve dificuldade com os religiosos em questão, irá focar nos protestantes em pleno horário nobre.

Todas as Flores (Reprodução / Globoplay)

A TV carioca, que está cortando a novela Todas as Flores de maneira intensa e irritando os telespectadores, colocará no lugar da trama de João Emanuel Carneiro um documentário que exaltará o crescimento dos evangélicos no país.

Tal aproximação está fortemente ligada ao “caretismo” exacerbado do canal nos últimos tempos em suas produções, que não vem se aprofundando em temas como a homossexualidade ou temáticas espíritas, por exemplo.

Documentário evangélico da Globo

A nova produção evangélica da Globo, baseada no livro “Povo de Deus: Quem São os Evangélicos e Por Que Eles Importam”, do autor Juliano Spyer, será comandada pela cineasta Mariana Jaspe (foto acima), responsável por Flordelis: Questiona ou Adora.

A produção, comandada por Rafael Dragaud, terá quatro episódios por semana, exibidos todas as quartas após Terra e Paixão. Em paralelo, o documentário será lançado simultaneamente no Globoplay.

 

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Globo se aproxima de evangélicos para não perder público

A intenção da nova produção é contar sobre o fenômeno que vem causando uma mudança significativa na população brasileira que, apesar de ainda ser majoritariamente católica, já se encaminha para torna-se um país de crenças plurais.

“Guiados pelo excelente livro de Juliano, temos uma bela estrada pela frente. A vontade é de entender melhor o Brasil de hoje”, explicou Dragaud em seu perfil no Instagram.

Segundo o portal Notícias da TV, tal abordagem vai de encontro aos anseios de Amauri Soares (foto acima), um dos chefões da estação dos Marinhos, que deseja agradar ao público evangélico de olho na grande fatia de mercado que os mesmos representam.

O executivo acredita que os evangélicos se tornarão maioria em pouco tempo e entende que, caso a TV Globo não se relacione bem com esta parte considerável da população, poderá perder boa parcela de público dentro de dez anos.