Um novo ser das trevas, ainda mais malvado que Bóris (Tarcísio Meira), apareceu durante a trama de O Beijo do Vampiro, no Viva. Nosferatu, o “vampiro supremo”, entrou em cena para disputar o poder com o pai de Zeca (Kayky Brito). O novo malvado foi interpretado por Ney Latorraca que, por pouco, não retomou o inesquecível Conde Vlad, seu icônico personagem em Vamp (1991).
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Antonio Calmon, autor de Vamp e O Beijo do Vampiro (2002), optou por não trazer referências da primeira ao escrever sua segunda trama sobre os seres das trevas. No entanto, ao convidar Ney Latorraca para participar da novela de 2002, o autor acabou criando uma expectativa sobre o retorno de Vlad.
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“A Globo relutou, o autor negou, mas está quase tudo certo para a entrada de Ney Latorraca na novela O Beijo do Vampiro. Ele voltará a viver Vlad, vampiro vilão de Vamp, a primeira trama do gênero na emissora”, informava uma nota do jornal O Estado de S. Paulo, em janeiro de 2003.
Balde de água fria
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Outras publicações, como a revista Minha Novela, também davam como certa a volta de Vlad. Porém, Antonio Calmon deu um banho de água fria nos fãs de Vamp ao negar a informação.
Em entrevista ao O Globo, também em janeiro de 2003, o autor confirmou o convite a Ney Latorraca, mas negou que ele reviveria Vlad.
“Se o Ney vier para a novela será no papel do vampirão do PVC (Partido dos Vampiros Conservadores), que venceu Bóris, do PVL (Partido dos Vampiros Laboriosos), na eleição para Vampiro Supremo. Ele será engraçado e cruel, mas não será o Vlad”, decretou Calmon.
Além disso, o autor garantiu que a Globo só aceitou fazer O Beijo do Vampiro se ela não fosse uma continuação de Vamp.
“Sempre que estou escrevendo uma novela já surge a idéia de outra. Então, em setembro passado, quando fazia Um Anjo Caiu do Céu, pensei em fazer uma nova novela com vampiro”, contou Calmon ao jornal O Estado de S. Paulo de 2 de junho de 2002. “A emissora só me pediu para não ser um Vamp 2 porque já se passaram dez anos. A única semelhança entre as duasnovelas é a existência de vampiros e o tratamento de comédia entre eles , para não assustar o público infantojuvenil”, completou.
Novo personagem
Na mesma entrevista, Calmon explicou que jamais repetiria um personagem e, por isso, o tipo destinado a Ney seria Nosferatu, que entraria em cena para rivalizar com Bóris. No entanto, o autor admitiu que o novo tipo foi pensado para o ator.
“Só tem graça se for feito por ele”, assumiu Calmon.
Naquele momento, Ney Latorraca ainda não estava confirmado no elenco de O Beijo do Vampiro, mas o ator celebrou o convite.
“Tenho quase 30 anos de Globo e sempre tive a sorte de fazer personagens diferentes e muito bons, como o Barbosa do TV Pirata e o Quequé de Rabo de Saia. Fazer outro vampiro do Calmon, depois de mais de dez anos, será uma honra”, afirmou.
Ney também comemorou a chance de contracenar com Tarcísio Meira.
“Ele é muito meu amigo, nos conhecemos em 1974, na novela Escalada. E, além de um excelente ator, é lindo, é o nosso Sean Connery”, elogiou o ator ao O Globo.
Nosferatu
Após muito disse-me-disse, Ney Latorraca topou a participação em O Beijo do Vampiro e entrou em cena como o maléfico Nosferatu. Utilizando uma máscara de carnaval veneziana, o vampiro supremo apareceu no espelho de Bóris distribuindo ordens aos vampiros de Maramores, cidade onde se passa a trama.
Em cena, Ney Latorraca criou mais um vampiro impagável. Apesar de negar ser um novo Vlad, Nosferatu não difere do personagem de Vamp, ao ser igualmente malvado e engraçado. O deboche característico é o mesmo nos dois personagens.
A rivalidade entre Bóris e Nosferatu dividirá os vampiros de Maramores em dois grandes grupos, que duelarão entre si até o final da trama.