Globo queria gravar Laços de Família na China, mas foi proibida pela censura comunista

16/11/2020 às 2h46

Por: Thell de Castro
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Em janeiro de 2000, quando Laços de Família ainda estava no papel, a Globo planejava fazer gravações internacionais na China, onde Edu (Reynaldo Gianecchini) faria um curso de acupuntura, viajaria acompanhado de Helena (Vera Fischer) e conheceria Camila (Carolina Dieckmann).

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Só que o planejado não saiu como esperado. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de 16 de janeiro daquele ano, o diretor de núcleo da trama, Ricardo Waddington, explicou o que aconteceu.

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Estava tudo caminhando para que as gravações fossem feitas na China e uma equipe da Globo chegou a viajar para lá. Mas o governo chinês exigiu que todo o texto da novela fosse traduzido com dois meses de antecedência, o que inviabilizou o processo.

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“Ainda não tenho a história fechada, estou apenas juntando algumas peças”, explicou Manoel Carlos à reportagem. Dessa forma, as gravações foram mudadas para o Japão, onde o procedimento era muito mais tranquilo.

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A equipe de artistas e técnicos da Globo passou 10 dias gravando em Tóquio, Kyoto e Nikko, cidades que misturam passado e futuro num presente único.

De prédios arrojados e de arquitetura diferente a templos de cinco séculos de vida, como Asakusa Kannon, na cidade de Tóquio, uma espécie de Nossa Senhora da Aparecida de lá por causa da semelhança de histórias (uma estátua do deus Kanon foi achado num rio por pescadores), o Oriente foi mostrado através dos olhares turísticos dos personagens.

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Houve gravações na Torre de Tóquio, no templo de Kanda, também na capital; e na cidade de Kyoto, no Palácio de Verão do Imperador, todo recoberto de ouro, construído em 1397 e hoje um templo Budista avaliado em mais de 40 milhões de dólares.

Outra cidade turística que os personagens gravaram foi Nikko, a cerca de 200 km ao norte do Tóquio, um santuário transformado em Parque Nacional. Trata-se de uma vila famosa, responsável por abrigar os líderes responsáveis pela unificação do país nas guerras do século XVII. Construída por 15 mil artistas, impressiona pela paz e pelas minúcias das construções.

Também foram feitas cenas no bairro do lazer, Shinjuku, um conglomerado de prédios totalmente coberto de painéis eletrônicos, neons e anúncios luminosos, onde milhares de pessoas comparecem para as diversões da noite. Todas essas imagens estiveram na novela, intercaladas com cenas que, na história, se passavam durante o Carnaval no Rio de Janeiro.

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