O sucesso de Pantanal (2022) deu início a uma nova onda de remakes na Globo. A emissora, cada vez menos disposta a arriscar, vai seguir apostando em novelas que deram certo no passado e já iniciou os trabalhos das novas versões de Renascer (1993) e Elas por Elas (1982).
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Mas, apesar de vender a próxima novela das seis como um remake, a Globo confirmou que a nova versão de Elas por Elas não será igual à original de Cassiano Gabus Mendes. A emissora assumiu que a trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão terá várias mudanças.
Sete novas heroínas
Deborah Secco como Alexia, de Salve-se Quem Puder, em Vai na Fé (Reprodução / Globo)
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Uma das principais mudanças da nova versão de Elas por Elas é a alteração de nomes e perfis das sete protagonistas. Lara (Deborah Secco), por exemplo, equivale a Márcia (Eva Wilma) e terá suas diferenças em relação à trama original.
Carmem (Maria Helena Dias), Wanda (Sandra Bréa) e Marlene (Mila Moreira) também surgirão diferentes. A primeira, agora se chama Renée (Maria Clara Spinelli), e é uma mulher transexual. Já a segunda atende por Thaís, uma modelo de sucesso. E a terceira passa a se chamar Carol (Karine Teles), uma neurocientista.
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Já Natália (Joana Fomm), Adriana (Esther Góes) e Helena (Aracy Balabanian) não terão seus nomes alterados, e serão vividas por Mariana Santos, Thalita Carauta e Isabel Teixeira, respectivamente. Mas seus rumos devem ter diferenças com relação à primeira versão da obra.
Essência mantida
Isabel Teixeira como Laura em Falas Femininas (Manoella Mello / Globo)
De acordo com Flavio Ricco, colunista do R7, a direção da Globo admitiu que a nova versão de Elas por Elas terá várias diferenças. Porém, o canal ressaltou que se trata de mudanças pontuais, “tênues e delicadas”, e que a essência da trama será mantida.
Na verdade, a intenção dos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão é deixar a obra com cores mais contemporâneas. Afinal, a primeira versão foi escrita no início da década de 1980, e os perfis das sete mulheres eram mais condizentes com a realidade daquela época.
Assim, ao mudar o nome e a carreira da maioria das protagonistas, os autores da adaptação querem que as novas personagens fiquem mais de acordo com o perfil atual da mulher brasileira. Além disso, a trama terá o tom de humor amenizado para se adequar ao novo horário, já que, originalmente, Elas por Elas foi ao ar na faixa das sete.
Entre tantas mudanças, um fator será mantido no reboot da novela: a canção de abertura. Originalmente gravada pelos The Fevers, a música homônima vai ganhar uma nova roupagem, mas ainda não tem intérprete definido.
Mesmo nome
Joana Fomm (Natália) e Herson Capri (Carlos) em Elas por Elas (Divulgação / Globo)
Um indicativo da manutenção da “essência” de Elas por Elas está no fato de a Globo ter optado por não alterar o título. Caso fosse uma reinvenção radical, o canal poderia ter decidido por outro batismo, como aconteceu com Haja Coração (2016), inspirada em Sassaricando (1987).
No entanto, a emissora quase precisou mudar o nome da substituta de Amor Perfeito. Mas não para diferenciá-la da primeira versão, e sim por questões de “força maior” mesmo. Havia a dúvida se o canal conseguiria renovar os direitos do título, que atualmente pertencem ao grupo mineiro Cia Elas por Elas.
Porém, a Globo confirmou que a próxima novela das seis vai, sim, se chamar Elas por Elas, indicando que qualquer problema referente aos direitos do título já foram solucionados.
