Globo muda destino de personagem para salvar Terra e Paixão

Gloria Pires, Tony Ramos e Eliane Giardini

Gloria Pires, Tony Ramos e Eliane Giardini em Terra e Paixão (Divulgação / Globo)

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Disposto a elevar os índices de audiência de Terra e Paixão, Walcyr Carrasco apostou numa reviravolta e tanto: tratou de trazer de volta Agatha (Eliane Giardini), tipo que todos acreditavam estar morta, e que retornou promoveu um verdadeiro chacoalhão na novela das nove da Globo.

Gloria Pires, Tony Ramos e Eliane Giardini em Terra e Paixão (Divulgação / Globo)

Antes angelical nos flashbacks, em que era interpretada por Bianca Bin, a primeira esposa de Antônio (Tony Ramos) se revelou uma vilã daquelas e agradou. Tanto que a personagem, que estava marcada para morrer, deve sobreviver até o final da novela, para a alegria do público.

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Participação estendida

Eliane Giardini como Agatha em Terra e Paixão (reprodução/Globo)

A princípio, Agatha estava mesmo morta. No entanto, o autor Walcyr Carrasco viu no retorno da personagem uma forma de chacoalhar a novela, que não engrenava na audiência. Além disso, o autor precisava se livrar da trama que envolvia a rejeição de Caio (Cauã Reymond) por parte de Antônio, que culpava o filho pela morte da esposa. O enredo é idêntico ao de Renascer, próxima novela das nove.

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Porém, acreditava-se que a personagem não ficaria muito tempo na novela. Em entrevista ao Gshow, a atriz Eliane Giardini deixou escapar que Agatha poderia morrer a qualquer momento. E, desta vez, definitivamente.

“Não tem apego, não dá pra se apegar porque daqui a pouco faz pluft e a Agatha morre amanhã. E é bem possível que aconteça, inclusive. Pelo menos ele [Walcyr Carrasco] já tinha me falado que a personagem entra e tal, mas… né? Então, sabe, sem apegos!”, disse a estrela, em agosto deste ano.

No entanto, de acordo com o portal Notícias da TV, os autores Walcyr Carrasco e Thelma Guedes não bateram o martelo quanto ao destino de Agatha. E que, por enquanto, não há qualquer previsão de morte.

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Ausência de vilões

Tony Ramos (Antônio) e Gloria Pires (Irene) em Terra e Paixão (Manoella Mello / Globo)

Está cada vez mais claro que Walcyr Carrasco e Thelma Guedes estão criando uma novela com ela no ar. Os autores vêm testando várias ideias e buscando algo que possa cair nas graças do público e, consequentemente, fazer Terra e Paixão decolar.

Até aqui, apenas a volta de Agatha se mostrou um acerto. A personagem de Eliane Giardini chegou para suprir a ausência de um grande vilão, algo que estava faltando na novela das nove da Globo.

Antônio e Irene (Gloria Pires) foram apresentados como os grandes malvados, mas nenhum dos dois demonstrou o carisma e o magnetismo de um vilão de novela realmente marcante. Eles são maus, sim, mas não encantam o público com suas maldades. Faltava um toque de humor, ou um propósito que gerasse uma maior identificação da audiência.

 

Acerto

Eliane Giardini e Rafael Vitti em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)

Neste contexto, transformar Agatha em vilã foi um acerto em vários sentidos. Um deles era o fator surpresa em torno do mistério de sua falsa morte. O público queria saber como ela conseguiu se fingir de morta durante tanto tempo.

Com a volta da personagem, outra curiosidade surgiu: ela era do bem ou do mal? Agatha fez uma espécie de jogo com a plateia ao se fingir de boazinha, mas, ao mesmo tempo, lançar sinais de que não era flor que se cheirasse. E, por fim, quando sua porção vilã veio totalmente à tona, ela se revelou uma personagem de forte apelo.

Agatha faz maldades, enfrenta os vilões de frente e se mostra muito mais perigosa que Antônio e Irene. Além disso, ela tem humor e é debochada, características que costumam acompanhar os vilões mais lembrados das novelas.

Sendo assim, os autores acertam ao dar sobrevida à personagem. Agatha não consertou a novela, mas trouxe um tempero que faltava à insossa novela das nove da Globo.

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