Globo insiste em erro que prejudica substituta de Paraíso Tropical
02/05/2024 às 13h46
A Globo continua insistindo na estratégia de promover o lançamento de um novo cartaz do Vale a Pena Ver de Novo na mesma semana em que encerra a reprise anterior. Desde o dia 29 de abril, a volta de Alma Gêmea (2005) divide espaço com a última semana de Paraíso Tropical (2007).
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Ou melhor, “dividir espaço” é modo de dizer. Na verdade, a novela que chega tem um capítulo super reduzido, apenas para marcar presença e fazer sala de espera à trama que está acabando. Com isso, a estreia não agrega em nada, pelo contrário.
Tanto que Alma Gêmea estreou com baixos índices de audiência e o pouco tempo no ar só fez aborrecer o público. Precisava?
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Qual foi a audiência de estreia de Alma Gêmea?
A estreia de Alma Gêmea no Vale a Pena Ver de Novo não rendeu grandes índices de audiência à Globo no dia 29 de abril. O repeteco da história de Walcyr Carrasco retornou ao ar com 13 pontos no Kantar Ibope Media.
O índice é menor do que o da estreia de Paraíso Tropical, que marcou 13,1 em seu primeiro capítulo. E trata-se de um número modesto para Alma Gêmea, considerada um arrasa-quarteirão e uma reprise praticamente à prova de erros.
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Em seguida, o capítulo de Paraíso Tropical registrou 16,3 pontos. Ou seja, na reta final, a história de Gilberto Braga e Ricardo Linhares tem rendido índices satisfatórios no Vale a Pena Ver de Novo.
Cópia do SBT
Exibir os primeiros capítulos de uma nova novela junto com a semana final de outro folhetim é uma tática adotada pelo SBT há tempos. A partir de 2014, a Globo passou a utilizar a mesma estratégia no lançamento de suas reprises, tanto no Vale a Pena Ver de Novo quanto na Edição Especial.
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A ideia da estratégia é fazer com que o público que acompanha a novela que está chegando ao fim siga acompanhando a nova produção do horário. Ou seja, é uma tática para tentar manter na frente da TV o público conquistado pela trama anterior.
Mas o resultado de Alma Gêmea prova que tal tática não funciona. A trama de Walcyr Carrasco ficou bem abaixo do capítulo de Paraíso Tropical. Ou seja, muita gente que acompanha a novela de Gilberto Braga não se interessou em assistir à estreia da nova reprise.
Insistência sem sentido
Além de não garantir boa audiência, a tática também aborrece o público e pode afugentar espectadores. Afinal, a Globo exibe capítulos muito curtos da novela que começa, o que sempre gera reclamações.
Para a volta de Alma Gêmea, a Globo fatiou o primeiro capítulo original em três, todos com menos de 20 minutos de duração. Ou seja, a estreia de uma reprise sempre acontece em “pílulas”, com cortes que acabam afetando a história.
Afinal, um primeiro capítulo é sempre construído pelo autor para conquistar o espectador de cara. Se ele é dividido em três, este apelo se perde. Com isso, a reprise já começa com um grande desafio, que é driblar essa ausência de bons ganchos e boas situações.
Diante disso, já passou da hora de a Globo abolir de vez a estratégia da “dobradinha de novelas”. A tática não funciona, irrita o espectador e só atrapalha a programação. Chega, já deu!