Quem achou que o Globoplay já tinha esgotado o catálogo de novelas mexicanas inéditas, achou errado. Após estrear Cair em Tentação, última trama prometida na ocasião do anúncio da parceria com a Televisa, o streaming surpreendeu com a aquisição de mais uma obra: Os Ricos Também Choram.

Os Ricos Também Choram

O clássico da dramaturgia mundial, lançado em 1979, ganhou adaptação da Televisa dentro do projeto Fábrica de Sonhos – que atualiza obras de sucesso, como A Usurpadora (2019), Cuna de Lobos / Ambição (2019), Rubi (2020) e, em breve, A Madrasta.

Vale a pena fazer de novo

Os Ricos Também Choram

O projeto original Fábrica de Sonhos foi alterado com o passar do tempo. A ideia inicial era deixar as novelas com cara de série. As primeiras produções, A Usurpadora e Cuna de Lobos, conservaram apenas a espinha dorsal dos folhetins. Com Rubi, veio a opção por uma narrativa próxima da trama de base; talvez isso explique o sucesso acima da média das anteriores.

Os Ricos Também Choram reforça a aposta de Rubi, contando com mais capítulos – há informações de que os enredos, quando condensados em poucos episódios, saíam caros demais. Agora, o projeto, que ficou paralisado por dois anos, segue com a atualização de A Madrasta, com Aracely Arámbula encarnada a protagonista consagrada por Victoria Ruffo.

Caras novas em velha história

Os Ricos Também Choram

Já a nova aposta do Globoplay traz um dos queridinhos do público do SBT. Sempre par romântico de Angelique Boyer nas novelas que o canal de Silvio Santos exibe nas tardes, Sebastián Rulli domina a cena ao lado de Claudia Martín. Esta é conhecida dos assinantes do streaming por conta de Amar a Morte (2018) e do público da TV aberta por Um Caminho para o Destino (2016).

Os Ricos Também Choram é velha conhecida dos brasileiros – além do original, vimos duas adaptações, a mexicana Maria do Bairro (1995) e a brasileira de mesmo título (2005). A narrativa traz Mariana (Claudia), moça pobre que é acolhida, em um ato de bondade, por Dom Roberto Salvatierra (Guillermo García Cantú), um dos empresários mais renomados do México.

Homenagem a Maria do Bairro

Maria do Bairro

Na mansão dos Salvatierra, Mariana conhece Luis Alberto (Sebastián), que, após atravessar um período de luto, cai de amores pela mocinha. O abismo social, entre a jovem pobre e o rapaz abastado, atrapalha o casal, também afetado por pessoas movidas por inveja e ganância.

Os dois terão de enfrentar não só a família dele e a sociedade, como também toda a sorte de mentiras, tragédias e mortes.

O curioso é que a nova versão de Os Ricos Também Choram manteve os nomes dos protagonistas da original de 1979, Mariana e Luis Alberto (Verónica Castro e Rogelio Guerra). Mas a vilã, Esther (Rocío Banquells), foi rebatizada. Para nomear a malvada de vez, a cargo da atriz Fabiola Guajardo, os responsáveis escolheram Soraya Montenegro, a icônica malvada vivida por Itatí Cantoral em Maria do Bairro.

Quando vem?

Os Ricos Também Choram

A atualização de Os Ricos Também Choram poderá ser vista em setembro no Globoplay, que também oferece a mais recente versão de Rubi. Ainda não há data fechada para a disponibilização.

Já os remakes de A Usurpadora e Cuna de Lobos estão disponíveis em outra plataforma de streaming, Amazon Prime Video.

A clássica trama das gêmeas, aliás, contou com exibição na grade noturna do SBT. Com uma narrativa totalmente desconectada do original, estrelada por Gabriela Spanic, a novela com cara de série não fez sucesso.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor