Em Vai na Fé, Lui Lorenzo (José Loreto) é um cantor de funk meio abobalhado que se apaixona perdidamente pela protagonista, Sol (Sheron Menezzes). Pois Fuzuê, próxima novela das sete da Globo, terá uma história bastante parecida.
Na trama de Gustavo Reiz, Jefinho Sem Vergonha (Micael Borges) é um cantor sertanejo que é completamente apaixonado por Luna (Giovana Cordeiro), a protagonista da trama. Ou seja, mais uma vez, a Globo aposta em novelas com temáticas parecidas em sequência, algo que o canal costumava evitar.
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Lui genérico
A Globo já está veiculando as chamadas de Fuzuê, que apresentam os principais personagens da próxima novela das sete. Uma das campanhas mostra Jefinho Sem Vergonha, personagem interpretado por Micael Borges.
As chamadas retratam Jefinho como um cantor sertanejo cômico, que faz de tudo para conquistar o coração da mocinha Luna. Eles já foram namorados, mas o artista nunca superou o término e sonha em reconquistá-la.
Nas cenas exibidas pela Globo, é possível observar que Jefinho lembra demais Lui Lorenzo, de Vai na Fé. O jeitão de galã canastrão, com cacoetes e gestuais bem marcados, além da paixão pela mocinha, são algumas das características que fazem de Jefinho uma nova versão de Lui. Nas redes sociais, vários espectadores já apontaram a semelhança.
Outras coincidências
Mas a semelhança entre Lui e Jefinho não é o único ponto em comum entre Vai na Fé e Fuzuê. A mocinha da próxima novela das sete também lembra bastante a heroína do folhetim atual.
Em Vai na Fé, Sol é uma jovem batalhadora, que vendia quentinhas na rua, mas mudou de vida ao se dedicar à dança e ao funk. Já em Fuzuê, Luna é uma moça que vende joias feitas de material reaproveitado nas ruas, e também é ligada às artes. Ela dá aulas de dança, inclusive.
E mais: assim como Sol tem uma melhor amiga divertida, Bruna (Carla Cristina Cardoso), Luna também tem uma parceira despachada, Soraya (Heslaine Vieira). Ou seja, Luna parece uma versão mais jovem de Sol.
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Falta de cuidado
A Globo já foi muito cuidadosa na definição de suas novelas. Além de avaliar o apelo das sinopses junto ao público, a direção da emissora costumava organizar a produção dos folhetins de modo a evitar, a qualquer custo, a repetição de tramas.
O canal promovia uma análise criteriosa para que as novelas das seis, sete e nove evitassem repetir histórias ou até nomes de personagens, tudo para não confundir ou cansar o público. Além disso, as tramas seguintes também tinham que ser diferentes das histórias que substituiriam.
Mas, ao que tudo indica, isso mudou. A atual direção de teledramaturgia da emissora, chefiada por José Luiz Villamarim, parece não ter visto problemas ao apostar em Fuzuê logo após Vai na Fé, mesmo com as semelhanças entre as histórias.
