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Desde que foi anunciada na faixa das seis, Elas por Elas causou estranheza no público, que considerava a trama a “cara” das sete. Isso, inclusive, pode ser um dos motivos pelo qual o folhetim de Thereza Falcão e Alessandro Marson não emplacou.
Rayssa Bratillieri como Ísis em Elas por Elas (divulgação/Globo)
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Porém, nas últimas semanas, a trama tem experimentado um aumento de audiência. O remake do clássico de Cassiano Gabus Mendes começa a ganhar público ao mesmo tempo em que pisa fundo no melodrama e nas reviravoltas, como a recente gravidez de Ísis (Rayssa Bratillieri).
São características que costumam agradar o público das seis.
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Comédia x romance
Deborah Secco (Lara) e Lázaro Ramos (Mário) em Elas por Elas (Reprodução / Globo)
Durante anos, a Globo acostumou o público com histórias românticas e melodramáticas às seis, enquanto a comédia encontrou seu lugar na faixa das sete. Tanto que a primeira versão de Elas por Elas, escrita por Cassiano Gabus Mendes em 1982, é um clássico das 19h e muito lembrada por narrar uma história bem-humorada.
O espírito engraçado da história se manteve no remake, escrito por Thereza Falcão e Alessandro Marson. Nas primeiras chamadas de Elas por Elas, as cenas cômicas imperavam. Com isso, veio a desconfiança: a Globo escalou uma novela das sete para o horário das seis?
Thereza Falcão, inclusive, revelou que, a princípio, os autores tentaram manter o estilo de crônica bem-humorada típica de Cassiano Gabus Mendes. Porém, eles perceberam que não estava funcionando.
“A gente tentou fazer crônica, mas sentiu que não estava muito bem, então voltou para a natureza do horário, que é de investir nos embates, conflitos, personagens misteriosos, pra já fazer uma balançada nessa primeira estrutura”, disse a autora à Contigo!.
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Reviravoltas
Isabel Teixeira como Helena em Elas por Elas (Reprodução / Globo)
Elas por Elas demonstrou potencial para crescer um pouco quando se desprendeu da trama original de Cassiano Gabus Mendes. Os autores do remake fizeram várias mudanças, mas, até o capítulo 100, boa parte da história se manteve semelhante à original. Mas, depois disso, eles partiram para enredos totalmente inéditos.
Um dos motivos para isso é o fato de que Cassiano Gabus Mendes deixou para os últimos capítulos as revelações dos segredos da trama, fazendo com que as consequências disso não fossem exploradas. No remake, o “desfecho” foi antecipado.
Bombas como a troca do bebê de Helena (Isabel Teixeira) na maternidade, a revelação de que Taís (Késia) era a amante de Átila (Sergio Guizé) e a identidade da assassina de Bruno (Luan Argollo) provocaram reviravoltas que fizeram Elas por Elas perder de vez o tom bem humorado para cair no dramalhão.
Público aprovou
Recentemente, com o desmaio de Ísis (Rayssa Bratillieri) decorrente da gravidez que Giovanni (Filipe Bragança) desconhece, Elas por Elas registrou 17,3 pontos. Foi a melhor terça-feira desde a semana de estreia do folhetim, no final do ano passado. Nada mal para uma novela que patinava nos 14 pontos até esses dias.
Antes disso, a trama já havia alcançado índices semelhantes durante a sequência do sequestro de Taís. A revelação de que Helena teve um caso com Bruno e que Marcos (Luan Argollo) é fruto desta traição também deve agitar os próximos capítulos.
Ou seja, Elas por Elas tem visto a audiência crescer ao mesmo tempo em que investe mais em ingredientes que o público das seis adora: romances, intrigas, reviravoltas e muito dramalhão. Demorou, mas próxima da reta final, Elas por Elas finalmente começa a dizer a que veio.
