Globo corrige erro e muda final decepcionante de Todas as Flores

Sophie Charlotte como Maíra em Todas as Flores

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Para exibir os 85 capítulos originais de Todas as Flores em 55, a Globo reeditou toda a obra de João Emanuel Carneiro. A trama teve capítulos enormes às terças e quintas, o que ajudou a acelerar a história. Mas a novela também sofreu alguns cortes, sobretudo nas cenas mais quentes.

Sophie Charlotte como Maíra em Todas as Flores (reprodução/Globo)

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Porém, é fato que a reedição acabou fazendo bem a Todas as Flores. Afinal, a novela foi bastante prejudicada pelo hiato no Globoplay, que a dividiu em duas partes e acabou criando expectativas demais no público – o que acabou gerando uma grande decepção.

Da TV para o streaming

É preciso lembrar que Todas as Flores foi criada para a faixa das nove da Globo. Ou seja, originalmente, a novela de João Emanuel Carneiro tinha que durar cerca de 160 capítulos. O autor a concebeu assim.

Mas, com a mudança para o Globoplay e a redução no número dos capítulos, o autor precisou se adaptar à nova plataforma. Com isso, tramas foram enxugadas e personagens periféricos acabaram sendo reduzidos ou limados da história.

Porém, na prática, Todas as Flores foi uma novela de TV aberta lançada no streaming. Ou seja, mesmo sendo adaptada para a plataforma, ainda assim a novela manteve características típicas de um folhetim televisivo tradicional. E isso ajudou a criar a sensação no público de que a novela “piorou” em sua segunda metade.

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Maratona ou capítulos diários?

Regina Casé em Todas as Flores (Reprodução / Globo)

Para quem assistiu Todas as Flores no Globoplay, a experiência aconteceu em ritmo de maratona. Ao lançar cinco capítulos semanalmente, o streaming da Globo fez com que muita gente consumisse a história no melhor estilo “binge-watching”, ou seja, vendo um capítulo atrás do outro.

É algo bem diferente de se assistir novela na TV. O espectador tradicional sabe que pode perder um ou outro capítulo de uma trama e, mesmo assim, vai entender tudo quando voltar a acompanhá-la. Essa diferença é fundamental para a percepção da obra.

Além de acompanhar Todas as Flores em maratona, o público do streaming ainda precisou passar pelo hiato. A novela fez uma pausa durante três meses, o que aumentou a expectativa do público quanto à parte final. E, quanto maior a expectativa, maior uma provável decepção…

 

Todas as Flores melhorou?

Todas as Flores (Reprodução / Globoplay)

É certo que João Emanuel Carneiro derrapou na reta final de Todas as Flores. O plano de Maíra (Sophie Charlotte) de comprar crianças para conquistar a confiança de Galo (Jackson Antunes) e derrotar Zoé (Regina Casé) só fez sentido na cabeça dela. Mauritânia (Thalita Carauta) ter “emburrecido” na reta final também é imperdoável.

Porém, no geral, Todas as Flores não chegou a “piorar”. A sensação da queda de qualidade se deu muito em razão do formato de maratona e da pausa nos capítulos no streaming. Para quem viu na TV, tudo fluiu muito melhor.

Ou seja, os cortes e a reedição de Todas as Flores na TV acabaram contribuindo para reduzir a decepção quanto aos capítulos finais. Quem acompanhou pela televisão teve uma experiência diferente, causada justamente pelas diferenças entre TV e streaming.

Todas as Flores foi uma novela para a TV que, por acaso, acabou lançada no streaming. Isso ficou claro com o sucesso da história na televisão. Provavelmente, o folhetim teria sido um grande sucesso se fosse exibido na faixa das 21h, como era o plano original.

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