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A nova versão de Elas por Elas estreou recentemente na Globo e recebeu elogios nas redes sociais, apesar da queda de audiência que vem apresentando. Boa parte do público aprovou a apresentação dos personagens principais e a performance de atrizes como Deborah Secco (Lara), Késia (Taís) e Thalita Carauta (Adriana).
Deborah Secco como Lara em Elas por Elas (reprodução/Globo)No entanto, nem tudo agradou. A nova abertura, uma colagem de fotos das atrizes principais, ficou bem aquém da abertura original, considerada uma das mais criativas da história da Globo. A emissora perdeu a chance de fazer uma nova versão da clássica vinheta.
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Abertura histórica
Os fãs da versão original de Elas por Elas são unânimes ao afirmar que a abertura era uma das coisas que a trama tinha de melhor. E não é exagero. A peça criada por Hans Donner ficou marcada na memória do público em razão de sua criatividade, escolha acertada na trilha e o uso de uma tecnologia bastante avançada para a época.
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A abertura de Elas por Elas mostrava jovens se divertindo numa típica festa dos anos 1960. De repente, a imagem de uma das jovens era congelada, com um efeito de flash, transformando-se numa fotografia, Em seguida, uma das atrizes principais “saía” da foto. Depois disso, a sequência se repetia, até a saída das sete mulheres que estrelavam o folhetim. No final, todas as atrizes saem juntas da festa, se divertindo. Curiosamente, Eva Wilma, a intérprete de Márcia, é a ausência sentida nessa cena final.
De acordo com o site Teledramaturgia, do pesquisador Nilson Xavier, a abertura de Elas por Elas deu trabalho para ser realizada. A produção envolveu dois dias de gravação de uma festa dos anos 1960, numa casa na Pequena Gávea, no Rio de Janeiro. Depois, as imagens foram enviadas para Toronto, no Canadá, para a realização de efeitos especiais em computer graphic.
Por fim, a peça foi finalizada na Globotec – setor de tecnologia da Globo. O resultado de tudo isso foi uma abertura divertida, com um toque de nostalgia, e que se tornou clássica ao som do grupo The Fevers, interpretando Coisas da Vida – música depois rebatizada como Elas por Elas.
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Nova versão
Já a abertura do remake da obra de Cassiano Gabus Mendes, escrito por Thereza Falcão e Alessandro Marson, é simpática, mas nem de longe repete o magnetismo da versão original.
A vinheta manteve o conceito das fotografias, mas imprimindo movimentos e colagens de imagens das sete novas protagonistas. A canção original foi mantida, agora interpretada por Preta Gil, Ivete Sangalo e Duda Beat.
O resultado é agradável, mas soa como pouco original. Afinal, o efeito “colagem” já vem sendo usado em aberturas de novelas da Globo à exaustão nos últimos anos. Ou seja, faltou a criatividade que fez toda a diferença na primeira versão.
Perdeu a oportunidade
Na verdade, a Globo acabou perdendo a oportunidade de refazer a primeira abertura, mas, desta vez, com recursos tecnológicos muito mais avançados. Teria sido bem interessante se a abertura mostrasse uma festa anos 1990 com as novas atrizes “saindo” das fotografias.
É fato que um remake não tem a obrigação de refazer a abertura original. Na verdade, a grande maioria deles prefere mesmo modificar a abertura. Porém, algumas vinhetas são tão icônicas que mereciam uma releitura, caso de Elas por Elas.
Vale lembrar que a Globo fez isso no remake de Ti Ti Ti (2010). O remake era aberto com uma vinheta exatamente igual à versão de 1985, mas toda feita em computação gráfica. Com isso, a ideia original ganhou uma execução mais moderna e funcionou muito bem. Elas por Elas merecia algo parecido.