Primeira incursão de Manoel Carlos como titular no horário das nove, Baila Comigo (1981) será resgatada pela Globo em agosto. A novela estará disponível para assinantes do Globoplay a partir do próximo dia 28.

Tony Ramos em Baila Comigo
Tony Ramos em Baila Comigo (Reprodução / Globo)

Curiosamente, apesar do sucesso, a trama estrelada por Tony Ramos – como os gêmeos João Victor e Quinzinho – nunca foi reapresentada na TV aberta. Já o Canal Viva exibiu o folhetim em 2018.

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A história

Tony Ramos como os gêmeos João Victor e Quinzinho em Baila Comigo
Tony Ramos como os gêmeos João Victor e Quinzinho em Baila Comigo (Reprodução / Globo)

Baila Comigo acompanha a busca de João Victor pelo irmão. Logo no primeiro capítulo, Marta (Tereza Rachel), incomodada com os privilégios que o marido Quim (Raul Cortez) dá a Victor, revela que ele fora adotado. O empresário, então, deixa Lisboa e se estabelece no Rio de Janeiro, onde mora Quinzinho.

A verdade sobre os gêmeos é ocultada pela mãe deles, Helena (Lilian Lemmertz). Amante de Quim, ela deu um dos bebês a ele e ficou com o outro. Helena acabou se casando com o médico responsável pelo parto, Plínio (Fernando Torres).

Quinzinho passa praticamente toda a novela alheio à história. Helena ludibria as pretendentes do moço, Lúcia (Natália do Vale) e Mira (Lídia Brondi), bem como o filho João Victor, buscando evitar a revelação e o consequente contato com Quim e Marta. A cena do encontro dos gêmeos, após um blecaute, se dá nos momentos finais.

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Sem Vale a Pena Ver de Novo…

Betty Faria em Baila Comigo
Betty Faria em Baila Comigo (Reprodução / Globo)

A trama auxiliou na popularização das academias de ginástica e dança, especialmente com os números de Joana (Betty Faria) nas salas de ensaio. Também fez virar moda as polainas utilizadas pela professora e a faixa de tecido amarrada na testa durante a prática de atividades físicas, sempre adotada por Caê (Lauro Corona).

Apesar do êxito dentro e fora das telas, Baila Comigo passou anos escondida no arquivo da Globo. Na década de 1980, em meio à censura do regime militar, a emissora não costumava representar folhetins das oito no Vale a Pena Ver de Novo – a exceção foi Água Viva (1980), de Gilberto Braga com colaboração de Maneco.

Os folhetins do horário pós-Jornal Nacional só ganharam a sessão, em definitivo, na década de 1990, quando Baila Comigo já estava “velha” para a faixa. Na época, a Globo não costumava escalar títulos com mais de cinco anos da exibição original.

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Horário alternativo

Direito de Amar - Gloria Pires
Gloria Pires em Direito de Amar (Divulgação / Globo)

Em novembro de 1986, o canal enfrentou uma crise envolvendo discussões sobre jornadas de trabalho e salários com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Rio de Janeiro (SATED – RJ). O episódio rendeu a suspensão das produções inéditas às seis, logo após a conclusão de Sinhá Moça.

Jornais e revistas apontavam Baila Comigo como favorita para uma edição especial às 18h. Locomotivas (1977) acabou escolhida para a faixa. Os problemas com o SATED – RJ foram rapidamente solucionados, possibilitando o lançamento da inédita Direito de Amar (foto acima) em fevereiro de 1987.

Agora, Baila Comigo ficará disponível para ver e rever sempre que o usuário do Globoplay desejar. Cabe lembrar que, além dos citados acima, a obra conta com Fernanda Montenegro, Carlos Zara, Arlete Salles, Reginaldo Faria, Christiane Torloni, Beth Goulart, Susana Vieira, Otávio Augusto, Milton Gonçalves, entre outros.

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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.