Globo anuncia volta de programa com Pedro Bial no comando

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A Globo segue surpreendendo a todos com a sua programação. A última bomba da emissora, anunciada nesta noite em um evento para o mercado publicitário, é a volta do Linha Direta para o próximo ano.

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A atração, inspirada em programas de sucesso nos Estados Unidos como Yesterday e The Unsolved Mysteries, voltará ao ar em 2023 sob o comando do apresentador Pedro Bial.

Ainda não foram divulgados detalhes do novo formato, mas a versão original era exibida nas noites de quinta-feira e contou com diversos jornalistas em seu comando: Hélio Costa, Marcelo Rezende e Domingos Meirelles.

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Em cada programa, eram apresentados dois casos policiais e a cobertura jornalística na época em que os crimes tinham sido cometidos, bem como o processo de investigação e sua reconstituição baseada em depoimentos.

Retorno pertinente

O sucesso de séries sobre crimes, disponíveis em diferentes players, motivou a discussão sobre a volta do Linha Direta, sucesso de audiência e de repercussão nas noites da Globo.

Conforme noticiado por Kogut, a ideia surgiu do êxito de produções que reconstituem crimes reais, como O Caso Evandro, podcast que virou série documental no Globoplay, e Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max.

Não se sabe ainda como será formatada a atração nesta volta ao vídeo. Nem mesmo se, de fato, haverá apresentador – os documentários costumam contar apenas com narração. Também não há indicações sobre estreia.

Linha do tempo

O Linha Direta ficou no ar por muitos anos e contou com diferentes fases, abordagens e apresentadores.

O “docudrama” surgiu em março de 1990, indo ao ar às quintas-feiras. Esta primeira fase, contudo, durou apenas quatro meses. A Globo sofreu abalos na linha de shows por conta de Pantanal (1990), sucesso absoluto da Manchete. E o apresentador Hélio Costa, com pretensões políticas, declinou do projeto.

A atração retornou em 1999, sob o comando de Marcelo Rezende. O diretor Roberto Talma esteve por trás da reedição, investindo fortemente na união de depoimentos, jornalismo investigativo e dramaturgia. As simulações dos casos e denúncias tinham ênfase na utilidade pública, batalhando contra a impunidade.

Rezende permaneceu no comando do Linha Direta até 2002, quando foi substituído por Domingos Meirelles. Este permaneceu até o fim, em 2007.

O êxito na Justiça

No início de 2008, após o Linha Direta ser extinto, entidades ligadas aos Direitos Humanos pediram a continuidade da atração, de acordo com o Memória Globo.

O portal também ressalta que mais de 380 criminosos foram encontrados por autoridades policiais após as denúncias da atração, por crimes como estupro, latrocínio e sequestro.

O programa contava com 50 profissionais, sendo 20 jornalistas, e mobilizava também a dramaturgia.

Ainda, espaço para segmentos como Linha Direta Justiça, que reconstituía crimes famosos – do assassinato de Ângela Diniz ao naufrágio do Bateau Mouche, que matou a atriz Yara Amaral – e Mistério, com casos sobrenaturais, como os relatados após o incêndio do edifício Joelma.

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