Globo admite fiasco de novela das nove: “Era o que dava pra fazer”

Travessia

Atualmente passando aperto com Travessia (foto abaixo), a Globo vem passando por uma verdadeira gangorra em suas novelas nos últimos anos. Apesar de sucessos como A Força do Querer, O Outro Lado do Paraíso, A Dona do Pedaço e Pantanal, a emissora sofreu com alguns fiascos.

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Amauri Soares, executivo da Globo, foi indagado sobre o desempenho das últimas novelas das 21h e admitiu que Um Lugar ao Sol (2021) não teve o resultado esperado pela direção do canal. Em entrevista ao TV Pop, ele também analisou as tramas escolhidas para as edições especiais, durante a pandemia de Covid-19, e celebrou o êxito do remake de Pantanal.

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A novela que foi possível

Soares deixou claro que a Globo compreendeu a situação incomum à qual Um Lugar ao Sol foi submetida.

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“Eu te garanto que aquela não era a novela que a autora queria, não era a novela que o diretor queria, tampouco a novela que a Globo queria. Ela foi a novela que foi possível. Temos que lembrar que ela foi um folhetim gravado durante o isolamento social, que teve incontáveis problemas de produção, que teve que ser totalmente editada antes de ir para o ar, teve que ser reduzida por conta do agravamento da crise sanitária”, assumiu.

O diretor também lamentou o fato da produção ter perdido uma das características do gênero, a de obra aberta:

“‘Um Lugar ao Sol’ foi muito prejudicada pela situação inteira. E eu te digo que ela sequer foi exibida como uma novela: caberia aqui uma discussão técnica, inclusive. Uma das grandes características de uma novela é ser uma obra aberta, com o autor vendo o que está dando certo ou não. E ela não teve a chance de ter isso, estava pronta e editada antes de ir pro ar. Porém, era o que dava pra fazer naquele momento…”.

Edições especiais em alta

Amauri Soares, porém, festejou o êxito dos títulos escolhidos para cobrir os buracos nas três faixas de novelas, com a paralisação dos trabalhos por conta da pandemia de coronavírus.

“Nós, mesmo durante o isolamento social, com reprises, atingimos enormes audiências”, salientou. “‘Totalmente Demais’ superou a exibição original, ‘A Força do Querer’ foi ótima, aquela do Aguinaldo [Silva] também, elas deram números de tramas inéditas”, completou ele.

“Antes do isolamento social, ‘Amor de Mãe’ teve uma performance boa. A novela em questão foi muito prejudicada pela situação inteira. Mas mesmo assim, eu tiro meu chapéu para os colegas dos Estúdios Globo, que conseguiram fazer uma trama em meio ao caos. Mas de fato, ‘Um Lugar ao Sol’ não teve o desempenho que a gente queria”, confessou.

O desempenho de Pantanal

Amauri (foto acima) também foi bastante sincero em seu depoimento ao TV Pop quando questionado sobre Pantanal, o recente fenômeno do horário da nove. Ele demonstrou discordância quanto à análise de boa parte do público e da crítica sobre o desempenho da trama em audiência.

“Eu acho injusto dizer que ‘Pantanal’ reergueu o horário das 21h. Ele sempre teve muita vitalidade. A gente veio com ‘Pantanal’ e recolocamos o horário no seu patamar histórico, com a qualidade habitual do produto”, comentou, justificando o motivo da escolha pelo folhetim.

“Estamos falando de uma trama que não sofreu, que não tivemos problemas com o elenco… Por isso, acho injusto dizer que ela recuperou a faixa. Os números do horário sempre foram esses, sempre com essa entrega de audiência. É a principal faixa da TV brasileira e as novelas seguem mostrando vitalidade”, prosseguiu.

“‘Pantanal’ teve a capacidade de criar uma conexão em torno de uma história. Foram homens, mulheres, ricos, pobres, jovens e não jovens assistindo… E isso foi muito importante. Nós tivemos uma história muito mobilizadora, e esse é o grande mérito de ‘Pantanal’”, concluiu Soares.

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