Apesar da estreia do novo e moderno cenário nesta segunda (31), o destaque do Bem, Amigos ficou por conta das críticas de Galvão Bueno e dos comentaristas participantes da atração a respeito da realização da Copa América no Brasil.

O apresentador abriu o programa criticando a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e todos os envolvidos na empreitada. “O que era para ser um evento esportivo começa a me parecer que virou um evento e um confronto político. Não sou médico e não sou cientista. Mas ouvi muitos hoje. E quem é que corre o risco? É a nossa saúde. A saúde pública da América. Eu peço a Deus que alguém tenha uma crise de bom senso e que essa loucura não aconteça”, enfatizou.

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Galvão ainda declarou que o desabafo não tinha nada a ver com os direitos de transmissão da competição, que pertencem ao SBT. “Temos os direitos do Campeonato Brasileiro, só que eu também fui contra a volta do futebol no Brasil. Aqui, lutamos com todas as nossas forças e possibilidades para que se atrasasse um pouco a volta do futebol brasileiro”, explicou.

“Não vou mentir aqui, estou feliz e emocionado de poder voltar a narrar um jogo da Seleção Brasileira na próxima sexta, pelas Eliminatórias, contra o Equador. Nós vamos estar no estúdio, respeitando, ninguém está indo ao estádio. A última vez que narrei a Seleção foi em novembro de 2019. Mas eu confesso que gostaria de esperar mais um pouco, porque não precisava ser agora. Eu dou sempre a minha opinião. Os direitos são nossos, mas eu acho que não precisava ser agora, mas foi marcado pela Conmebol e assinado embaixo pela Confederação Brasileira de Futebol. Porque a terceira onda está batendo na nossa porta, já são mais de 465 mil mortos no Brasil e não sabemos onde isso vai parar. No caso das Eliminatórias, pelo menos o próximo jogo da Seleção em casa vai ser somente em setembro, contra o Chile”, completou.

O discurso de Galvão foi seguido pelos demais participantes, como o narrador Cléber Machado e os comentaristas Walter Casagrande Júnior, Caio Ribeiro, Maurício Noriega e Paulo César Vasconcelos.

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“Eu estou indignado com o que está acontecendo no nosso país”, disse Casagrande, citando nominalmente o presidente Jair Bolsonaro. “Ele não teve agilidade para comprar vacinas, ele teve agilidade para deixar acontecer essa Copa América. Isso é uma das coisas mais absurdas”, disse o ex-jogador.

Briga com a Conmebol

O clima entre a Globo e a Conmebol não é dos melhores, independente da emissora ter adquirido recentemente os direitos exclusivos de transmissão das Eliminatórias da Copa.

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No programa da semana anterior, Galvão já havia feito mais críticas à Entidade que rege o futebol no continente.

“O Fantástico de ontem exibiu uma reportagem sobre extraterrestres. A pergunta é: existe vida fora do nosso planeta? Quer saber, depois do que eu vi acontecer no futebol sul-americano eu posso garantir que sim. Existe vida fora do planeta. Eu vou até dizer o nome deste planeta. Um planeta com éticas, ideias e lógicas próprias. É o planeta Conmebol, Confederação Sul-Americana de Futebol”, exclamou.

“A Colômbia vivendo dias de ebulição social e povo nas ruas, pediu para a Copa América ser adiada de junho para novembro. Mas o planeta Conmebol disse não. Como a Argentina também é sede, a Conmebol garantiu que vai ter Copa América seja na Argentina ou em outro lugar. Mas acabou por definir que vai ser na Argentina. E a Copa América começa daqui a 20 dias. Porque no planeta Conmebol não tem Covid-19. Não morre ninguém. A empatia passa longe dos seus dirigentes. O planeta Conmebol, aliás, deveria ter outro nome. Planeta irresponsabilidade”, concluiu.

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