Na última quinta-feira (30), o TV História noticiou, com exclusividade, que três repórteres pediram demissão da Record Rio Grande do Sul devido ao clima ruim dentro do canal.

A notícia teve alta repercussão e motivou mais duas denúncias de demissões pelo canal, que foram checadas e confirmadas por fontes do site, que contaram em detalhes o que houve.

Outras duas dispensas aconteceram nos bastidores. A primeira foi da produtora Patrícia Melo, uma das líderes do movimento grevista que parou o canal em outubro do ano passado.

A profissional era uma das melhores da casa e, poucos meses antes, havia obtido o terceiro lugar no 33º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, um dos mais importantes do Brasil.

Patrícia foi dispensada em janeiro deste ano, poucos dias após voltar de férias – e da emissora prometer que não iria fazer retaliações contra quem liderou o movimento que, numa manhã de outubro, deixou o canal sem qualquer tipo de reportagem no ar como forma de protesto por melhores condições de trabalho.

A segunda demissão foi de um cinegrafista que não teve nada a ver com o protesto do fim de 2016, mas que cometeu um erro até comum: derrubou uma câmera durante uma transmissão ao vivo. Algum tempo depois, em fevereiro deste ano, foi dispensado pelo erro.

Os dois se juntam a Lisandra Ongaratto, Fernanda Sampaio e Bruno Gehardt, que pediram demissão num espaço de dois meses. Os jornalistas não aguentaram o clima ruim da emissora.

Hoje, de todas as filiais da Record pelo País, é a do Rio Grande do Sul que causa mais dor de cabeça para a rede, em todos os sentidos. A audiência não é das melhores e a instabilidade nos bastidores preocupa.

O TV História enviou um contato para o diretor de jornalismo da Record RS, Rodrigo Falcão – a emissora não tem assessoria de imprensa, mas até agora ele não foi respondido.


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