Boa semana em Sonho Meu, dando continuidade ao ritmo movimentado da semana anterior
• Cláudia não cedeu às investidas de Jorge (por enquanto), o que é bom. Cláudia é bem diferente da mocinha da novela Ídolo de Pano, Andréia (Elaine Cristina), que, além de ceder, ainda engravidou do vilão, o que serviu de base para a trama que se desenrolou. Claro que em Sonho Meu a história tem outro rumo, mesmo porque Cláudia ainda soma características da personagem equivalente da novela A Pequena Órfã (a mãe da menina).
• A fuga de Maria Carolina do orfanato, e a tentativa de Claudia de evitar Geraldo, rendeu bons momentos de tensão e suspense. Confesso que fiquei aflito. Ainda que o autor tenha dado toda uma volta desnecessária – o taxista interrompe a viagem para passar a noite em um hotel e acabam todos retornando porque a menina passou mal.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE• Houve também a cilada que Jorge armou para Lucas, apenas com a intenção de desmoralizá-lo. Na noite de seu noivado com Lúcia, Lucas foi atraído para um lugar longe (e teve sua moto roubada), o que o impediu de comparecer ao jantar.
• Pela primeira vez falou-se na novela em leucemia, a doença de Maria Carolina. Curioso a pediatra dar à mãe da menina um diagnóstico que está fora de sua alçada, fora de um ambiente médico. É até anti-ético já que um diagnóstico dessa gravidade deve ser anunciado pelo médico especialista, em uma clínica ou hospital.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE• Jorge contratou um advogado que lhe devia favores para descobrir sobre o seu passado. Muito boa a sequência em que Jorge revela a Mariana que sabe sobre o neto morto de Paula e, por conseguinte, sabe que Mariana é sua mãe. Jorge é pintado como um sociopata e, de fato, é incapaz de demonstrar qualquer emoção em relação a Mariana, amor, ódio ou desprezo.
• Outro momento protelado por toda a semana foi o reencontro de Cláudia e o marido Geraldo. Lógico que o escroque não manteria o acordo com Tio Zé de não se aproximar da ex-mulher. O ápice foi o karatê de Tio Zé em Geraldo (gancho para a próxima semana). Vamos voar!
• Lembra quando questionei por que a menina se chamava Taboinha (uma das amiguinhas de Maria Carolina)? Existe uma explicação e envolve a maioria dos personagens da novela.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEAo adaptar Ídolo de Pano e A Pequena Órfã, o autor Marcílio Moraes mudou os nomes dos personagens, mas, para a maioria deles, usou as mesmas iniciais dos personagens correspondentes nas versões anteriores.
Assim os irmãos Jorge e Lucas equivalem a Jean e Luciano de Ídolo de Pano; Paula equivale a Pauline; Mariana a Maria Amélia; William a Wilson; Lúcia a Luísa; Dr. Guerra a Dr. Gondim; Magnólia a Magda; Dr. Fontana a Dr. Fontes; Gilda a Guiomar; Francisca a Flávia; Santiago a Sérgio; Márcia a Marta; Giácomo a Guilherme; e Aída a Alda. Todos esses personagens têm seus equivalentes em Ídolo de Pano. De A Pequena Órfã, há Elza, equivalente a Elisa de Sonho Meu.
A menina Maria Carolina de Sonho Meu corresponde à menina Toquinho de A Pequena Órfã, que era assim chamada pelo velhinho (que era artesão) porque ela lembrava um toquinho de madeira, ou um “toquinho de gente”. Como em Sonho Meu Tio Zé apelidou a menina de Laleska (por causa de sua origem polonesa), aproveitou-se para usar um nome correspondente a Toquinho em outra personagem: Taboinha.
• Aqui despeço-me das reviews semanais de Sonho Meu. Além de a novela não render resenhas a cada semana, quero focar em Nos Tempos do Imperador, que estreia nesta segunda (9). Aguarde as reviews semanais da nova novela das seis da Globo!