Fracasso retumbante: última novela de Gilberto Braga ganhará nova chance da Globo

Atualmente, a Globo passa muito sufoco em sua principal faixa de novelas para tentar salvar Mania de Você de se tornar o maior desastre da história da emissora.

A novela de João Emanuel Carneiro vem passando por mudanças drásticas, lembrando o caso de outra produção da faixa das nove que se tornou um fracasso retumbante.

Estamos falando de Babilônia, última novela de Gilberto Braga, que ganhará uma nova chance da emissora em dezembro.

Projeto Originalidade

Sem qualquer chance de ser reapresentada pela Globo na TV aberta, Babilônia já está disponível no Globoplay, mas será alvo do Projeto Originalidade a partir de 23 de dezembro.

A ação busca resgatar a qualidade original de novelas já disponíveis na plataforma da moda como foram exibidas na exibição original, a partir do aumento da qualidade de imagem, adição de vinhetas de abertura, intervalos e encerramentos, reinserção de cortes originais e episódios omitidos.

Polêmicas

Exibida entre março e agosto de 2015, em 143 capítulos, Babilônia já começou envolvida em polêmica ao exibir um beijo entre Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro no primeiro capítulo.

A obra foi boicotada pelos evangélicos e rejeitada pelo público, obrigando os autores a realizarem diversas mudanças, descaracterizando completamente a trama.

Além disso, o diretor de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu, organizou e reescreveu cinco capítulos, do 37 ao 41, para acelerar documentos e tentar fisgar o público.

Nada disso deu certo: Babilônia acabou encurtada em três semanas.

Despedida

Babilônia ficou marcada por ser a última novela de Gilberto Braga.

De acordo com João Ximenes Braga, parceiro do autor em diversos trabalhos, o novelista não queria que seu último trabalho na televisão fosse também seu maior fracasso.

“Em 2015, quando voltei da viagem de férias após Babilônia, ele me convocou à casa dele. Fui recebido no quarto, numa cama reclinável, tipo de hospital. Ele não estava bem de saúde, mas lúcido e muito deprimido com o fracasso de Babilônia”, contou, em entrevista à jornalista Cristina Padiglione.

“Não ouso dizer que antecipasse sua morte, mas naquele dia me disse textualmente que não queria encerrar sua carreira com um fracasso e queria voltar a trabalhar logo para recuperar seu prestígio. Mas superar esse fracasso era importante para ele”, completou.