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Uma das principais comediantes da nova geração, Tatá Werneck faz o público rir assim que entra em cena, seja numa novela ou num programa de humor. Mas, em Terra e Paixão, esses momentos são raros. Sua personagem, Anely, está longe de ser a mais engraçada da trama das nove da Globo.
Tatá Werneck e Débora Falabella como Anely e Lucinda em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)Com isso, o alívio cômico da novela de Walcyr Carrasco passou às mãos dos atores Amaury Lorenzo e Diego Martins, intérpretes do inusitado casal Ramiro e Kelvin. Eles formam uma dobradinha vitoriosa, que vem divertindo a plateia do folhetim global.
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Personagem diferente
Tatá Werneck estreou na Globo pelas mãos de Walcyr Carrasco. A atriz trocou a antiga MTV Brasil pela oportunidade de viver a divertida Valdirene, de Amor à Vida (2013), e se deu bem. A trama transformou Tatá numa estrela: a artista acumulou personagens em novelas e até ganhou um programa para chamar de seu, o Lady Night.
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Na época, o jeitão engraçado que Tatá Werneck imprimiu à Valdirene deu tão certo que até alterou os rumos da personagem. Inicialmente, o autor tinha a intenção de transformá-la numa cantora gospel. No entanto, essa ideia foi descartada e a “piradinha” aprontou até o final da novela.
Assim, quando Tatá Werneck foi convidada para repetir a parceria com Walcyr Carrasco, esperava-se que a atriz viveria uma espécie de “nova Valdirene”. Mas não foi isso que aconteceu… Em Terra e Paixão, a personagem de Tatá é bem diferente da figura que a consagrou.
Drama
Anely parecia um tipo inusitado e, por isso mesmo, engraçado. A personagem foi anunciada como uma mulher com duas vidas: ao mesmo tempo em que se fazia de santa para o noivo Odilon (Jonathan Azevedo), a jovem ganhava dinheiro fazendo striptease na internet.
No entanto, na prática, Anely está mais para personagem dramática do que cômica. Embora suas cenas tirando a roupa na internet tenham rendido algum momento de graça, Anely tem mais sequências dramáticas. O fato de ela ser chantageada pelo cunhado, Andrade (Angelo Antonio), e perseguida por Tadeu (Claudio Gabriel) a colocou em situações tensas.
Os momentos mais leves de Anely são ao lado de Luigi (Rainer Cadete), com quem formou uma boa dobradinha. Mas, no geral, a irmã de Lucinda (Débora Falabella) não é bem uma personagem engraçada.
O que não quer dizer que seja uma figura ruim, pelo contrário. Como Anely não pesa tanto a mão na comédia, Tatá Werneck ganhou a oportunidade de mostrar uma nova faceta na telinha. Constantemente acusada de fazer o mesmo personagem, a atriz agora mostra versatilidade. Ela está muito bem!
Comédia
Já que Anely não cumpre a esperada função cômica em Terra e Paixão, esta lacuna acabou preenchida por Ramiro e Kelvin. O capanga de Antônio La Selva (Tony Ramos) e o garçom do bar de Cândida (Susana Vieira) divertem por conta de sua inusitada relação.
Ramiro é um cara terrível, que cumpre as ordens mais escabrosas de seu chefe, o grande vilão da história. Já Kelvin tem um lado divertido, mas também demonstra não ser lá muito confiável em seu trabalho no bar de Nova Primavera.
Mas, quando se unem, os personagens se humanizam. Ramiro é o típico machão que se mostra mais sensível ao demonstrar afeto pelo jovem garçom. Kelvin, por sua vez, se permite embarcar nesta aventura, mesmo se frustrando por saber que o amante jamais irá assumi-lo publicamente.
Seus encontros, então, não apenas divertem o público como já geram torcida. Ramiro e Kelvin funcionam juntos e a relação foi aprovada pelo público. Com isso, a tendência é que eles ganhem ainda mais espaço e até um arco de redenção, o que pode lhes render um final feliz.