Trama de Cristianne Fridman, Chamas da Vida (2008) não emplacou em sua segunda passagem pelas tardes da Record TV.

Chamas da Vida - Lucinha Lins

A novela entrou no lugar de Prova de Amor (2005) e não segurou a audiência da antecessora, que anotou 6 pontos de média final.

O folhetim estrelado por Leonardo Brício, Juliana Silveira e Lucinha Lins saiu de cena na última sexta-feira (14) com apenas 4,2 pontos no acumulado geral.

Problemas com a Justiça

Chamas da Vida - Letícia Colin

Chamas da Vida sofreu bastante por seu conteúdo considerado forte para a faixa vespertina. Isso fez com que o Ministério da Justiça advertisse a Record TV duas vezes em cinco meses.

Cabe lembrar que esta não foi a primeira vez que a produção enfrentou problemas com o MJ. Em 2015, a reprise foi barrada após a análise dos 26 primeiros capítulos – correspondentes a 10% da obra, que a portaria do Ministério analisa para atribuir a classificação indicativa.

Como a avaliação do conteúdo apontou inadequação, a Record TV optou por reapresentar Dona Xepa (2013). Chamas da Vida veio na sequência, chegando ao fim desta primeira reprise com 4,8 pontos.

Desfecho diferente

Chamas da Vida - Andréia Horta

A novela assinada por Cristianne Fridman é uma das mais aclamadas do canal. Além do elenco de peso, a trama traz temas polêmicos – como pedofilia – e o mistério em torno de um incendiário.

Um desfecho inédito, aliás, foi usado como chamariz para a audiência que não veio. No último capítulo, Beatriz (Andréia Horta) revelou ser a incendiária misteriosa, que agia contra a própria mãe, Vilma (Lucinha Lins).

No Twitter, o final rendeu comentários positivos. “Esse final de ‘Chamas da Vida’ com a Beatriz culpada é melhor que o original e melhor de todos. Bom demais. Tudo faz mais sentido”, apontou um usuário da rede social.

“E com essa terceira exibição a Record já trouxe três incendiários: Léo (Rafael Queiroga), no original em 2009, o Tomás (Bruno Ferrari) na reprise de 2015 e agora a Beatriz na de 2022”, destacou outro.

Concorrência pesada

O Cravo e a Rosa - Adriana Esteves e Eduardo Moscovis

A segunda passagem de Chamas da Vida pelas tardes da Record TV enfrentou uma inimiga poderosa: a edição especial de O Cravo e a Rosa (2000), da Globo, que, embora não concorresse diretamente com o folhetim, roubou pontos da emissora.

Com a obra de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira no ar, o quadro A Hora da Venenosa perdeu força, afetando o desempenho do jornalístico Balanço Geral. Ainda assim, as fofocas de Fabíola Reipert atingem cerca de 7 pontos; o público dissipava após o término do programa.

Para substituir Chamas da Vida, a Record TV escalou Os Dez Mandamentos (2015). Será a primeira trama bíblica da faixa, que, em sete anos, privilegiou apenas títulos da fase “contemporânea” da casa.

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