Em Nos Tempos do Imperador, atual novela das seis da Globo, os personagens Gastão, o Conde d’Eu (Daniel Torres), e Augusto, o Duque de Saxe-Coburgo (Gil Coelho), se casaram, respectivamente, com as princesas Isabel e Leopoldina.
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Conheça abaixo detalhes da vida de ambos:
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Vinda ao Brasil
Luís Filipe Maria Fernando Gastão d’Orléans nasceu em 28 de abril de 1842, na França. Príncipe francês, era membro da Casa de Orléans e neto do rei Luís Filipe.
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Na juventude, Gastão lutou em conflitos no Marrocos, ao lado de forças espanholas; alguns anos depois, foi contatado pelo tio, D. Fernando II de Portugal, que o incentivou a se casar com uma das filhas de D. Pedro II.
Já Luís Augusto Maria Eudes de Saxe-Coburgo-Gota nasceu em 9 de agosto de 1845, também na França.
Príncipe alemão, integrante da Casa de Saxe-Coburgo-Gota, foi oficial da marinha austro-húngara e, mais tarde, almirante da Armada Imperial Brasileira.
Após concluir seus estudos e formação militar, foi cogitado para ser herdeiro do trono da Grécia pelo tio; mais tarde, foi escolhido por D. Pedro II para desposar uma de suas filhas.
Ambos desembarcaram no Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1864. De acordo com relatos, eles não se entusiasmou em relação às duas princesas, consideradas “feias”.
O que muita gente não sabe é que a ideia inicial era que Isabel se casasse com Augusto, enquanto a irmã ficaria com Gastão. Porém, devido a uma maior afinidade entre os casais, foi feito o inverso e os noivos foram invertidos.
Gastão e Isabel
O casamento de Gastão e Isabel ocorreu em 15 de outubro de 1864, na Capela Imperial do Rio de Janeiro, celebrado por D. Romualdo Antônio de Seixas, o Arcebispo da Bahia.
Vestido de marechal, ele foi condecorado e recebeu “um ósculo paternal” do Imperador, numa demonstração pública de que estava entrando oficialmente para a Família Imperial.
Os historiadores relatam que os registros feitos pela Princesa e pelo Conde mostram um casal extremamente apaixonado, com uma relação sólida. Da união nasceram quatro filhos: Luísa Vitória, Pedro, Luís e Antônio.
Em 1921, a saúde da Princesa começou a se deteriorar e ela mal conseguia andar. Isabel acabou morrendo aos 75 anos de idade, em 14 de novembro de 1921.
O Conde d’Eu morreu no ano seguinte, de causas naturais, a bordo do navio Massilia. Ambos estão sepultados no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis.
Augusto e Leopoldina
O casamento de Leopoldina e Augusto ocorreu em 15 de dezembro de 1864. O casal recebeu uma dotação de 300 contos de réis para aquisição de uma residência no Rio de Janeiro.
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O imóvel escolhido foi um palacete vizinho ao Palácio de São Cristóvão, batizado como “Palácio Leopoldina”.
Após o nascimento do primeiro filho, o casal passou a viver entre o Brasil e a Europa, sempre retornando à terra natal para o nascimento de seus filhos.
Quando descobriu-se grávida do quarto filho, Leopoldina e o marido decidiram que não voltariam ao Brasil e ficaram de vez na Áustria.
O casal teve quatro filhos: Pedro Augusto, Augusto Leopoldo, José Fernando e Luís Gastão. Apesar da prosperidade no casamento e na família, Leopoldina teve uma vida curta.
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Pouco mais de seis anos após ter se casado, ela faleceu, em 1871, aos 23 anos, vítima de febre tifoide.
Viúvo, Augusto passou a viver com seus pais, e sua mãe, Clementina de Orléans, substitui Leopoldina na educação de seus filhos.
Ele dedicou-se à caça, uma paixão, além de ter feito algumas viagens ao redor do mundo. O Príncipe também realizou algumas missões a serviço de Dom Pedro II.
Seus últimos anos foram marcados pela morte de um de seus filhos mais novos, pela queda da monarquia constitucional no Brasil e pela loucura de seu filho mais velho, internado em 1891.
Bastante abalado pela perda de sua mãe, Augusto morreu poucos meses depois dela, em 14 de setembro de 1907.