Para tudo há um sentido na vida… A existência da série Ilha de Ferro, produzida pelo Globoplay, serviu para brindar o público com a nudez de Cauã Reymond – no ar em Terra e Paixão.
Isso porque, de acordo com as críticas feitas à produção, fora as tórridas cenas de sexo que o galã protagonizou, não sobravam elementos para prender o espectador.
As muitas sequências de nu incluíram outros nomes, como Klebber Toledo e Sophie Charlotte – recém-saída de Todas as Flores.
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Sem pudores
Klebber, aliás, foi um dos mais expostos. O ator teve coberto apenas o órgão sexual durante uma cena em que seu personagem, o acamado Bruno, era banhado pela cunhada Leona (Sophie).
Uma camada de espuma, bem volumosa, era tudo que resguardava a nudez completa de Toledo.
Sophie também protagonizou inúmeras cenas de teor erótico, especialmente ao lado de Cauã. Este, aliás, foi o mais exposto; como Dante e Júlia, Reymond e Maria Casadevall estrelaram uma sequência de sexo de aproximadamente cinco minutos, no quarto episódio.
Recepção ruim
A crítica não perdoou. O jornalista Gabriel Perline pontuou, em sua coluna no portal Notícias da TV, de 26 de novembro de 2018:
“O roteiro raso e os personagens sem carisma desafiam o telespectador a não cochilar diante da TV. Talvez a Globo tenha percebido isso na hora de editar e fechar os episódios e decidiu explorar a nudez de seus protagonistas como nunca havia feito antes”.
Henrique Haddefinir também apontou os equívocos da série e do protagonista Dante, também para o NTV, após a conclusão da segunda temporada:
“Seria válido se a série confrontasse essa premissa com um olhar crítico. Ela, entretanto, prefere explorar a força do rapaz, sua dureza e sensualidade neanderthal, como se esperassem que ele fosse ser adorado justamente por ser tão errático”.
Cancelamento
Apesar dos pesares, Ilha de Ferro foi bem avaliada no exterior pela americana Variety e emplacou duas temporadas, somando 22 episódios. Uma terceira leeva de episódios chegou a ser cogitada, mas a série foi interrompida antes da possível retomada dos trabalhos.
“A terceira temporada foi cogitada e até encomendada, porque um pedaço dela foi escrito. Mas a Globo decidiu no meio do processo não dar continuidade. Estávamos finalizando a segunda temporada quando soubemos que não levariam adiante. Os motivos, eu não sei exatamente”, contou o diretor Afonso Poyart ao portal F5, da Folha de S. Paulo, em 2 de dezembro de 2019.
“Acho que tem questão relacionada a custos, pois não é barato. É uma série de ação, universo do petróleo é inacessível, tivemos de construir uma plataforma na cidade cenográfica, não é barato. Talvez queiram liberar verba para investir em novas séries”, avaliou.
