Gloria Perez pode estar com os dias contados na Globo. Após o fiasco retumbante de Travessia, trama protagonizada por Lucy Alves (foto abaixo), a autora deverá ter o seu vínculo com a empresa encerrado.
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Porém, isso não significa que Gloria Perez deixará de trabalhar na Globo. Na verdade, a emissora deve passar a adotar com ela o mesmo esquema de trabalho já proposto para outras estrelas da casa: o acordo por obra certa.
Fim de contrato
Segundo o site NaTelinha, o atual contrato de exclusividade de Gloria Perez (foto acima) com o canal vale até 2024, podendo ser estendido até 2025.
No entanto, estima-se que o acordo não deve ser estendido, encerrando-se de fato no fim do próximo ano. Há até mesmo a possibilidade de seu final ser antecipado, ou seja, o contrato pode ser encerrado ainda em 2023, de acordo com o portal.
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Tudo porque a Globo deve recontratar a veterana por obra certa, novo modelo que vem sem sendo empregado aos funcionários do canal, entre autores, atores e roteiristas, no projeto conhecido como “Uma só Globo”.
Contrato por obra
No novo modelo adotado pela Globo, o autor desenvolve a sinopse os primeiros capítulos de uma nova obra. Depois, apresenta o trabalho à Globo.
Se aprovado, o autor é contratado pelo tempo de produção do novo folhetim. Mas, caso o projeto não siga adiante, o roteirista terá trabalhado na sinopse e nos primeiros capítulos de graça…
Rompimento com a Globo
Vale dizer que Gloria já havia deixado a emissora em 1987, após ter uma sinopse sua rejeitada. A trama em questão narrava a briga entre duas mães, uma biológica e outra de “aluguel”, pela guarda de uma criança. Era Barriga de Aluguel (foto acima), que foi produzida em 1990 e se tornou um grande sucesso.
Segundo o nosso colunista Nilson Xavier, em seu site Teledramaturgia, “a história [de Barriga de Aluguel] foi não só rejeitada, como também tachada de ‘maluca'”. Tudo porque, naquela época, uma novela sobre barriga de aluguel soava como ficção científica.
Insatisfeita, Perez deixou a Globo e migrou para a Manchete, onde escreveu Carmem no mesmo ano.
Retorno
Curiosamente, quando voltou ao canal carioca em 1989, a temática sobre barriga de aluguel já começava a ser desmistificada. Com isso, Gloria conseguiu emplacar Barriga de Aluguel, mas no horário das seis.
Apesar de cancelada, adiada e rebaixada, Barriga de Aluguel sagrou-se como um grande sucesso e fez o Brasil parar para conferir com qual das mães ficaria com o bebê: Clara (Claudia Abreu), a “barriga de aluguel”, ou Ana (Cassia Kis), a mãe biológica.
Êxito que poderia ter sido muito maior se Boni, segundo revelou o diretor Reynaldo Boury no livro Biografia da Televisão, de José Armando Vanucci, não tivesse realocado Barriga de Aluguel às seis, enquanto apostou em Tieta na faixa das oito.