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No próximo dia 16 de janeiro, a Globo lança uma nova temporada do Big Brother Brasil. O BBB 23 estreará já com bastante responsabilidade, pois terá a missão de levantar a audiência do horário nobre da emissora, em baixa por conta de Travessia, e ainda revitalizar o gênero, combalido após a fraca temporada anterior.
Reprodução / GloboÉ uma tarefa das mais complicadas, já que, historicamente, o êxito de uma temporada do BBB depende bastante da novela que antecede a atração.
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Com uma trama das nove forte no ar, as chances de o reality show decolar são muito maiores. Mas, desta vez, o programa comandado por Tadeu Schmidt virá após um dos maiores fiascos do horário em todos os tempos.
Efeito cascata
Uma novela das nove bem-sucedida costuma gerar um “efeito cascata”, impulsionando a linha de shows da Globo. Com o Big Brother Brasil no ar, não é diferente. O reality show tem muito mais condições de emplacar se for exibido após um folhetim de sucesso.
Por exemplo: até aqui, o BBB menos visto da história é o 19. No ar entre 15 de janeiro e 12 de abril de 2019, a atração que consagrou Paula Von Sperling registrou média geral de 20,2 pontos. Na mesma época, a Globo exibia no horário das nove a problemática O Sétimo Guardião.
A trama de Aguinaldo Silva, que prometia a volta do realismo fantástico ao horário nobre, foi um retumbante fracasso. Sua média geral foi de 28,8 pontos no Ibope, o que a colocou atrás de Babilônia (2015), A Lei do Amor (2016) e A Regra do Jogo (2015), os maiores fiascos até então.
Outro fiasco
No ano passado, o BBB 22 também não registrou grandes índices de audiência. Tadeu Schmidt fez sua estreia no programa em uma temporada marcada pela falta de enredo e por personagens fracos, o que ajuda a explicar seu baixo desempenho, com média geral de 22,9 pontos.
No entanto, a situação poderia ter sido um pouco melhor se a novela das nove não fosse Um Lugar ao Sol (2021). A narrativa de Lícia Manzo amargou baixíssimos índices de audiência e, até agora, é o recorde negativo histórico da faixa, com parcos 22,3 pontos.
Na reta final, o BBB 22 era sucedido por Pantanal (2022), que elevou os números do horário nobre da Globo e colaborou com o crescimento de público do reality. O programa chegou a ganhar dois pontos após a estreia do folhetim de Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi.
A mais vista
Divulgação / GloboA maior média de audiência da história do BBB foi registrada em sua quinta temporada, exibida em 2005. Na época, o reality era antecedido por duas das novelas das nove mais vistas de todos os tempos.
Quando estreou, o BBB 5 ia ao ar após Senhora do Destino, grande sucesso da Globo. Em sua reta final, o reality passou a ser precedido por América, de Gloria Perez, que, apesar das críticas, mantinha uma audiência considerável. Com isso, a edição que revelou Grazi Massafera fechou com a incrível média de 47 pontos no Ibope.
No entanto, nem sempre os índices da novela determinam o sucesso do BBB. Considerando apenas os últimos dez anos, o mais visto foi o BBB 21, com 28 pontos de média geral. A atração, em sua maior parte, era precedida pela reprise de A Força do Querer (2017), que fechou com média de 29,9 pontos, desempenho considerado fraco.
Mas se trata de uma exceção. Normalmente, o Big Brother Brasil decola com o auxílio da novela das nove. Ou seja, este ano, o reality show terá que batalhar por si só, já que não terá a “ajudinha” de Travessia. O fraco desempenho da novela de Gloria Perez pode comprometer a edição.