Fecha na Prochaska: nos anos 80, Carnaval não tinha limites na TV
11/02/2024 às 13h18
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As emissoras brasileiras aproveitam o Carnaval para encher o cofrinho, apostando em programas especiais. Desfiles das escolas de samba, transmissões dos trios elétricos, flashs do Carnaval de rua e até os bastidores da festa são mostrados por canais como Globo, Band, SBT e RedeTV!.
Nos anos 1980, em época de abertura democrática, essas transmissões também focavam os tradicionais bailes de Carnaval. Repórteres circulavam pelas festas e transformavam o evento num festival de bizarrices sem qualquer tipo de limite.
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Num deles, inclusive, a atriz Cristina Prochaska passou por uma saia justa por conta de seu sobrenome…
Bailes de Carnaval
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Nos anos 1980, a Band apostava na transmissão dos bailes de Carnaval para incrementar a folia de Momo. A emissora mobilizava equipes em eventos como o baile da Ilha Porchat Clube, no Rio de Janeiro, em coberturas caracterizadas pelo festival de pessoas seminuas e pela barulheira, com repórteres e entrevistados que não se entendiam.
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Apresentador do Pânico na Jovem Pan, Emilio Surita chegou a trabalhar nessas coberturas. Até mesmo Sandra Annenberg, que pertencia ao cast do canal na época, também circulou nessas festas.
Otávio Mesquita, inclusive, deu seus primeiros passos na TV comandando esse tipo de cobertura. Numa delas, ele acabou participando de um momento ao lado da atriz Cristina Prochaska que entrou para a história das transmissões do Carnaval na televisão.
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Fecha na Prochaska
Nos anos 1980, Cristina Prochaska despontava como atriz e apresentadora de TV. Em 1984, ela foi escalada para a cobertura de um baile de Carnaval ao lado de Otávio Mesquita na Band.
Como já era tradição neste tipo de cobertura, os câmeras costumavam focalizar mulheres de pouca roupa. E, já nas altas horas da madrugada, uma mulher passou a rebolar diante das câmeras da Band, usando um ousado fio dental.
Eduardo Lafon (1948-2000), que dirigia o programa, entrou em desespero com a cena e mandou uma ordem ao cinegrafista, pedindo que ele passasse a focalizar Cristina Prochaska.
“Fecha na Prochaska!”, pediu o diretor.
E o câmera, dando um novo significado ao sobrenome “prochaska”, deu um close ainda mais atrevido no genital da moça.
“Essa história é ótima porque aconteceu mesmo, e eu nunca fiquei chateada. Pelo contrário. Sempre ri muito, me divirto horrores. O meu falecido pai não gostava e dizia que aquela situação diminuía o meu trabalho. Na época, eu lembro que a gente ria muito da confusão”, comentou a atriz, em entrevista ao UOL.
Bom negócio
As transmissões dos bailes de Carnaval rendiam um dinheirinho extra às emissoras. A Band, por exemplo, costumava editar os “melhores momentos” – normalmente com muita gente seminua em cena – e vendia esse material em VHS nas bancas de jornal.
A extinta Manchete, que ficou famosa pelas suntuosas coberturas de Carnaval, também exibia os bailes, como os do Metropolitan, Monte Líbano e a Scala. Tudo isso recheava as edições especiais das revistas Manchete e Fatos e Fotos.