No dia 17 de fevereiro de 2003, estreava a novela Mulheres Apaixonadas (Globo), trama escrita por Manoel Carlos e estrelada por nomes como Christiane Torloni, José Mayer, Maria Padilha e Giulia Gam.

Confira abaixo 18 fatos que só quem acompanhou a novela, que será exibida a partir de 24 de agosto pelo canal Viva, vai se lembrar.

1 – Foi a novela seguinte de Manoel Carlos após o sucesso de Laços de Família. E, assim, o Leblon voltava para a telinha.

2 – O charme da novela já começava na abertura, que mostrava fotos de pessoas comuns em cenas de família. Muitas delas foram enviadas pelos telespectadores. A vinheta era trocada constantemente – foram exibidas 15 versões nos oito meses de trama.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


3 – Mulheres Apaixonadas era bastante dinâmica. Várias cenas foram gravadas no mesmo dia em que foram ao ar, inclusive no último capítulo, mantendo a atualidade da história.

4 – Dava dó ver Dóris (Regiane Alves) maltratar e roubar os avós Flora (Carmem Silva) e Leopoldo (Oswaldo Louzada).

5 – E todos vibraram quando o pai de Dóris, Carlão (Marcos Caruso), deu uma surra de cinto na garota para repreendê-la.

6 – O público também se sensibilizou com o drama de Raquel (Helena Ranaldi), que era agredida a golpes de raquete pelo professor de tênis Marcos (Dan Stulbach) – ele morreu no final da trama.

7 – Também teve o drama da menina Salete (Bruna Marquezine), que perdeu a mãe, Fernanda (Vanessa Gerbelli), vítima de bala perdida durante uma troca de tiros no Leblon.

8 – A menina ficou sob os cuidados da avó Inês (Manoelita Lustosa), que era insensível e interesseira. No final, para alívio geral, descobriu-se que Salete era filha de Téo (Tony Ramos), que ganhou a sua guarda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


9 – Por causa dessas cenas de tiroteio – que, inclusive, quase não puderam ser feitas no Leblon, já que o então prefeito César Maia não queria liberar – a passeata Brasil Sem Armas, realizada no dia 14 de setembro de 2003, contou com a presença de artistas do elenco e foi mostrada na produção no dia seguinte.

10 – O ciúme doentio de Heloísa (Giulia Gam) por Sérgio (Marcello Antony) também se destacou na novela. Desiquilibrada, ela armava barracos sem motivo, atacou o marido com uma faca e escondeu que não podia ter filhos. Foi abandonada e teve que procurar tratamento.

11 – Também deu o que falar o romance entre as jovens estudantes Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picarelli). De acordo com pesquisas da época, o público aprovava o namoro, desde que não fossem mostrados beijos.

12 – E quem se lembra da Santana (Vera Holtz)? Era uma professora alcóolatra que recusava tratamento e colocava os amigos e familiares em enrascadas por causa do vício. Ninguém se esquece da cena em que ela bebeu perfume…

13 – Outra trama que chamou atenção do público foi a paixão entre o padre Pedro (Nicola Siri) e a socialite Estela (Lavínia Vlasak), reacendendo a questão do celibato na época.

14 – A virgindade também foi discutida em Mulheres Apaixonadas, através de Edwiges (Carolina Dieckmann) e Cláudio (Erik Marmo). Ele ainda se envolveu com Gracinha (Carol Castro), filha da empregada de sua casa. Mas no final deu tudo certo e os dois se reconciliaram – e Edwiges teve sua primeira noite de amor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


15 – E as doideiras da Silvia (Natália do Valle)? Infeliz no casamento, tornou-se amante do taxista Caetano (Paulo Coronato) e realizava suas fantasias em motéis e casas de forró.

16 – Estudante da ERA, escola que fazia parte da trama, Paulinha (Roberta Gualda) tinha vergonha do pai, o porteiro Oswaldo (Tião D’Ávila), e o desprezava.

17 – Mulheres Apaixonadas fez tanto sucesso e obteve tanta repercussão que chegou a ser tema de uma reportagem da revista norte-americana Newsweek em julho de 2003. A produção chegou a bater a casa dos 55 pontos em São Paulo.

18 – Para completar, às terças, logo depois da novela, começava Mulheres Recauchutadas, paródia do Casseta & Planeta.

Compartilhar.
Thell de Castro

Apaixonado por televisão desde a infância, Thell de Castro é jornalista, criador e diretor do TV História, que entrou no ar em 2012. Especialista em história da TV, já prestou consultoria para diversas emissoras e escreveu o livro Dicionário da Televisão Brasileira, lançado em 2015 Leia todos os textos do autor