Os Trapalhões é um dos maiores sucessos do humor da história da nossa TV – Didi, Dedé, Mussum e Zacarias alegraram várias gerações com um humor simples e popular.
Em 2017 a Globo trouxe uma nova versão da trupe com a participação de Renato Aragão e Dedé Santana. Porém, o público reprovou e a produção virou um grande fiasco daquele ano.
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A reciclagem
A ideia da emissora era embarcar no sucesso da nova versão da Escolinha do Professor Raimundo, que trouxe velhos personagens encarnados por novos atores em 2015. Já em Os Trapalhões, a solução foi trazer a personalidade dos antigos personagens em novas figuras.
Didico, Dedeco, Mussa e Zaca foram interpretados por Lucas Veloso, Bruno Gissoni, Mumuzinho e Gui Santana respectivamente. Renato Aragão e Dedé Santana participavam da série e, muitas vezes, se metiam na confusão que o quarteto arranjava.
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Sem graça
Mas bem diferente do programa original, as piadas eram muito mais inocentes e menos apelativas, deixando de lado o racismo, a misoginia e o machismo. Os atores escalados eram talentosos, mas a espontaneidade não era a mesma. A atração deixou a desejar e foi perdendo força a cada capítulo.
Exibido no início das tardes de domingo, o humorístico não alcançava a audiência que a nova versão da Escolinha conseguia. A crítica não perdoava a atuação de Bruno Gissoni, que servia como um bom escada, igual Dedé Santana, mas não fazia rir.
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Adeus, ô da poltrona
O programa ficou três meses no ar, com uma média de audiência de 13 pontos, muito abaixo do esperado. The Voice Kids tinha se saído muito melhor, atingindo 18 pontos no Ibope, no mesmo horário. Em novembro de 2017 o programa saiu do ar e a equipe buscava saber se teria uma segunda temporada em 2018.
Porém, a Globo anunciou que a série não teria uma continuação. Na época, a emissora alegou que a produção “foi pensado apenas como uma homenagem pontual”. Essa foi a última produção feita por Renato Aragão na Globo, que foi demitido em junho de 2020.
A série está disponível no Globoplay, assim como algumas temporadas da época áurea de Os Trapalhões. Mas lembre-se: nos anos 1970 e 1980 não havia os limites para o humor.
