Faltou coragem: personagem merecia outro desfecho em Vai na Fé

José Loreto e Carolina Dieckmann em Vai na Fé

José Loreto e Carolina Dieckmann em Vai na Fé

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Vai na Fé foi um fenômeno de repercussão e elevou a audiência da faixa das sete em três pontos, após quase três anos de dificuldades por conta da pandemia do coronavírus e de novelas inéditas que não emplacaram.

José Loreto e Carolina Dieckmann em Vai na Fé (reprodução/Globo)

Contudo, a trama também teve seus problemas, assim como qualquer folhetim. Um dos principais erros foi o tempo de tela exacerbado da irritante Jenifer (Bella Campos), assim como as idas e vindas com seus pares.

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Mas outra derrapada envolveu o final de Lumiar (Carolina Dieckmann).

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Sozinha seria melhor

Carolina Dieckmann como Lumiar em Vai na Fé (Reprodução / Globo)

A relação dela com Lui Lorenzo (José Loreto) se mostrou controversa. Os dois eram ‘meio irmãos’ e nunca conviveram na história. Só se aproximaram justamente quando Wilma (Renata Sorrah) revelou que Lui era fruto de inseminação artificial.

Há uma grande dificuldade na teledramaturgia em colocar qualquer personagem terminando a história sozinho e feliz.

A necessidade da felicidade estar ligada a um namoro segue em voga. Apenas isso explica a junção da advogada com o cantor. Seria bem mais interessante, por exemplo, mantê-los como meio irmãos e com o desenvolvimento da relação que nunca tiveram.

Lumiar tinha como grande defeito sua dependência emocional, que prejudicou seu casamento com Ben e provocou sua cegueira com Theo (Emilio Dantas).

Vê-la sozinha e bem-sucedida no fim seria um desfecho corajoso e condizente com uma superação de vida.

Sem sentido

José Loreto como Lui Lorenzo em Vai na Fé (Reprodução / Globo)

Antes disso, Lui esteve envolvido em outro romance sem sentido, quando se envolveu com Sol (Sheron Menezzes). O fato em nada contribuiu para o enredo. Pelo contrário, acabou tirando o destaque da protagonista.

Enquanto esteve ao lado do cantor, Solange perdeu a relevância e virou coadjuvante, enquanto os demais dramas da produção se desenvolviam.

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Clara e Helena

Regiane Alves (Clara) e Priscila Sztejnman (Helena) em Vai na Fé (Reprodução / Globo)

Enquanto isso, os constantes cortes prejudicaram um dos casais de maior sucesso da história: Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman).

A aproximação das duas foi muito bem trabalhada e ajudou bastante no processo de desconstrução da ex de Theo, que precisou curar seus próprios preconceitos e vencer seus medos para iniciar um relacionamento com sua personal trainer.

As atrizes esbanjaram química e o público torceu muito pelas personagens. Só que foram vários beijos censurados, o que prejudicou o sentido de muitas cenas.

Vergonha

Priscila Sztejnman e Regiane Alves nos bastidores de Vai na Fé (Reprodução / Instagram)

O beijo só saiu após uma avalanche de críticas na imprensa e cobrança dos telespectadores nas redes sociais. Em pleno 2023. Uma vergonha.

Já a separação das duas na última semana de folhetim gerou estranhamento e soou algo gratuito naquela altura do campeonato. Em nada impactou na história e poderia ter sido explorado antes com mais calma.

Fazer as pazes apenas no último capítulo? O pior é que as atrizes disseram que o final não seria assim, ou seja, terem cogitado deixá-las separadas comprovou o equívoco na condução do par.

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