Sérgio Mallandro continua firme em sua carreira, participando semanalmente do Programa do Ratinho, fazendo shows pelo Brasil, comandando o podcast Papagaio Falante e preparando a estreia do filme Mallandro: O Errado que Deu Certo.

Programa Silvio Santos
Silvio Santos à frente de seu dominical (Reprodução / SBT)

Mesmo com todo o sucesso, o pupilo de Silvio Santos passou por momentos difíceis em sua vida pessoal e profissional: ele perdeu tudo e teve um oficial de justiça na sua cola.

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Vem fazer glu-glu

Oradukapeta - Sérgio Mallandro
Sérgio Mallandro no comando do Oradukapeta (Divulgação / SBT)

Descoberto no final dos anos 1970 no clássico Cidade contra Cidade, Mallandro foi contratado por Silvio Santos e passou a ser a cara do SBT, apresentando O Povo na TV (1981) e integrando o júri do Show de Calouros.

O auge foi em 1987, quando ganhou o seu programa infantil Oradukapeta. Em 1990, foi contratado pela Globo e comandou o Show do Mallandro. Além disso, fez dois filmes: Lua de Cristal, com Xuxa, e Inspetor Faustão e o Mallandro.

Em 1993, Sérgio voltou para o SBT comandando o programa infantil que levava o seu nome. Ele ficou na emissora de Silvio Santos até 1996, quando foi contratado pela Manchete para comandar uma atração dominical.

“Eu quebrei mesmo”

Sérgio Mallandro
Sérgio Mallandro (Reprodução / IMDB)

A emissora já estava em decadência, Mallandro ficou sem emprego e as dívidas aumentaram.

“Foi uma época que quebrei mesmo. Foi um período muito difícil entre 1996 e 1998. Os shows começaram a diminuir. Quebrei, comecei a vender meus apartamentos. E filho nascendo, outro com 5 anos”, relatou o artista a Amaury Jr. em 2018.

Um momento de virada na vida de Mallandro foi quando um oficial de justiça foi até a sua casa para levar o seu carro. Foi ali que ele percebeu que não tinha tantos problemas como pensava.

“Um oficial de justiça bate na minha porta pra levar meu Jeep. Já tinha perdido minha moto, meu outro carro. Quando ele me viu se surpreendeu. ‘Você é o Sérgio Cavalcante? O Jeep é seu? Puxa vida, não tenho coragem de fazer isso. Tenho um filho de 9 anos e ele te adora. Ele tá hospitalizado, tem câncer’. Aí, fui lá em cima, peguei um bonequinho do Sérgio Mallandro e entreguei para ele. Eu falei ‘faça seu trabalho, você veio para levar o carro. Não faz mal. Mas não se esqueça de dar o presentinho pro seu filho’”, relatou, emocionado.

“Quando ele começou a descer com o carro, comecei a chorar compulsivamente. Mas não porque eu tava perdendo o carro. Mas porque meus filhos eram todos saudáveis e eu fiquei diante de um problema que eu vi que não tinha problema nenhum. Não podia perder minha essência. Minha fé. O que tá dentro do seu coração ninguém pode arrancar”, finalizou.

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A volta por cima

A Fazenda - Rafael Ilha
Rafael Ilha em A Fazenda (Reprodução / Record)

E, de fato, a sorte mudou para o apresentador: em 1998, ele passou a apresentar o Festa do Mallandro na TV Gazeta, atração que apostava em pegadinhas e atrações de gosto duvidoso.

A audiência subiu, Sérgio bateu a Globo e quebrou o palco todo, mostrando que estava de volta.

Porém, Serginho suscitou inúmeras polêmicas, como a pegadinha com Rafael Ilha: um ator ofereceu um pó branco, dizendo que era cocaína, para o cantor que estava se recuperando do vício das drogas.

“Nunca tive retorno do dinheiro”

Papagaio Falante - Humberto Martins, Renato Rabelo e Sérgio Mallandro
Humberto Martins, Sérgio Mallandro e Renato Rabelo no podcast Papagaio Falante (Reprodução / Facebook)

Posteriormente, Sérgio Mallandro, que sempre pregou peça nos outros, foi vítima de um golpe: ele perdeu muito dinheiro com um esquema de pirâmide.

O apresentador foi contratado pela JJ Investimentos para fazer uma série de shows. O dono da empresa era Jonas Jaimovick, que foi preso em novembro de 2020.

Serginho acreditou que a empresa era séria e aproveitou a chance para fazer um investimento.

“Eu fiz um investimento, todo mês vinha um relatório, mas para mim foi um susto [quando saiu a notícia do golpe]. Poxa, eu acho que caí na pegadinha do malandro. Nunca tive retorno do dinheiro. Você investe na empresa que parece toda séria e acontece uma coisa dessa”, falou ao Fantástico em novembro de 2020.

Segundo Mallandro, tudo parecia ser feito de forma legal, sem qualquer vestígio de golpe.

“Para colocar uma marca na camisa de um time de futebol de ponta, é muito dinheiro. Tem que ser uma empresa muito consolidada. Eu nunca imaginei na minha vida que podia ver uma notícia daquela, que o cara tinha se metido naquela confusão”, relatou.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor