Tonico Pereira está no ar em Amor Perfeito, dando vida a Frei Leão, um velhinho franciscano que ensina o catecismo para as crianças, que adoram seu jeito alegre e sonhador.
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O ator de 75 anos passou por dificuldades financeiras durante a pandemia. Uma de suas queixas sobre tal período era a de não poder fazer a troca de sua prótese peniana.
Tonico conseguiu realizar o desejo, mas ainda não do jeito que tanto queria…
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“Estou praticamente falido”
Em entrevista a Folha de S. Paulo, em 2 de setembro de 2022, o ator fez uma declaração forte:
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“Estou praticamente falido. Tá apertado. A gente tem que se virar”.
A pandemia vivia seu pior momento: hospitais lotados, muitas perdas e os trabalhos no setor artístico todos parados. Pereira teve que vender seus cinco carros antigos para sanar os prejuízos de seu brechó, que fica na zona sul do Rio de Janeiro. A situação era muito complicada.
“Os proprietários aumentaram o aluguel. É uma loucura isso, não existe solidariedade nenhuma”, desabafou.
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Nada de prótese
Outro ponto que incomodava o ator era a sua prótese peniana. Na época, o custo da troca girava em torno de 25 mil reais. Além disso, o paciente tinha que arcar com todos os gastos hospitalares.
“A internação é caríssima, tive que adiar”, lamentou Tonico, que não via a hora de renovar o dispositivo.
Ele chegou a fazer uma troca, mas por conta da diabetes, teve que retirar. Casado com a bailarina Marina Salomon, Tonico ainda não está satisfeito.
“Eu tinha uma prótese maravilhosa, mas piorei da diabetes enquanto trabalhava em um filme, e ela foi expulsa. Fiquei cinco meses sem e me colocaram uma que não é tão boa. Estou convivendo com uma meia bomba”, falou ao O Globo em 11 de julho deste ano.
Sem medo de morrer
Tonico Pereira enfrentou quatro vezes o câncer, sofreu com três diverticulites e tem DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Cuidando da saúde, ele afirma que não teme a morte.
“A passagem do tempo significa que se está próximo do fim. Mas é para todo mundo. É cruel. Eu tenho horror da possibilidade de morrer dormindo. Quero sair na porrada com a morte”, afirmou.
Além de interpretar o inesquecível Mendonça em A Grande Família (2001), o ator esteve presente em grandes sucessos, como Gabriela (1975), O Outro (1987), O Sexo dos Anjos (1989), De Corpo e Alma (1992), O Fim do Mundo (1996) e Por Amor (1997).
E a palavra aposentadoria não faz parte de seu dicionário. Ele quer continuar atuando:
“Eu pensar em parar? Jamais. Só se me pararem. Até de morto eu entro em cena. Estou fazendo o Frei Leão com a motivação do meu cansaço físico. O frei é tão doente quanto eu. Tenho que me comportar para resgatar a minha saúde”.