Você imaginou como seria Renata Vasconcellos, âncora do principal jornal do Brasil, o Jornal Nacional, candidata a presidente do País? É mais ou menos isso que acontece no Amazonas, o maior estado do Norte do Brasil, só que em uma escala menor.

Liliane Araújo, até bem pouco tempo, era âncora do Amazonas TV, da Rede Amazônica, afiliada da Globo no estado. Ou seja, ela ancorava o principal telejornal do Amazonas.

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do então governador, José Melo (Pros), e do vice, Henrique Oliveira (SD), por compra de votos nas eleições de 2014.

O tribunal determinou a realização de novas eleições diretas no estado. O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, David Almeida (PSD), assumiu o governo interinamente até a posse do eleito.

Com esse impasse, a eleição está marcada para o dia 6 de agosto. E, surpreendentemente, Liliane se lançou candidata pelo PPS, impressionando até mesmo os seus colegas jornalistas.

Mas a sua candidatura pode nem existir. Na última terça-feira (11), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) indeferiu a candidatura da jornalista, dizendo que ela não tem nenhum registro de filiação partidária.

O PPS já recorreu da decisão. Com isso, o status da candidatura de Liliana será “indeferida com recurso”. Nesse caso, ela vai para as urnas normalmente e aparecerá sua foto como candidata, só que os votos válidos conquistados não irão para a totalização. Esses votos só serão disponibilizados após um possível deferimento da candidatura pelo TSE.

Em entrevista coletiva, Liliane afirmou que vai recorrer para provar que está filiada ao PPS e que a campanha não vai parar, muito pelo contrário, vai continuar firme e forte.

“Vou continuar nas ruas e nas redes sociais pedindo voto e vamos aguardar porque tem recurso. O que quiseram fazer desde o início é alegar que eu tenho dupla filiação e isso não existe. Eu quero afirmar também que estou filiada ao PPS desde 25 de novembro de 2016?, ressaltou a candidata.

Liliane é natural de Natal (RN), mas foi pequena para Manaus. Começou a carreira em 2003 como repórter na TV Amazonas, afiliada da TV Globo em Manaus. Na empresa, além de atuar como repórter, foi apresentadora do extinto jornal Amazônia em Notícia. Logo em seguida, assumiu a bancada do Bom dia Amazônia, o qual apresentou durante dois anos.

Em maio de 2011 assumiu a bancada do Amazônia TV, do qual era apresentadora e editora de texto. Caso perca a eleição, Liliane possivelmente voltará a suas funções, já que está apenas licenciada.


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