LEMBRA DELE?

Eterno Pedrinho do Sítio se foi cinco semanas após descobrir câncer: “Lutou até o fim”

Uma das últimas fotos de Daniel Lobo

Uma das últimas fotos de Daniel Lobo

O Sítio do Picapau Amarelo já teve diversas versões desde o início da televisão brasileira – a mais recente, foi produzida pelo SBT. No entanto, a mais marcante foi produzida pela Globo e pela TVE entre 1977 e 1986.

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Um dos artistas que participou dessa versão, vivendo o personagem Pedrinho, infelizmente já não está mais entre nós.

Estamos falando de Daniel Lobo, que morreu apenas cinco semanas após descobrir um câncer em estágio terminal.

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Carreira

Nascido no Rio de Janeiro (RJ), Daniel Lobo iniciou sua carreira aos 10 anos, na peça infantil Tistu – O Menino do Dedo Verde.

Após se destacar como talento infantojuvenil, ele foi convidado pela Globo para viver o terceiro e último Pedrinho daquela versão, entre 1985 e 1986.

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Após o programa chegar ao fim, em janeiro de 1986, ele continuou na emissora, onde atuou na novela Bambolê (1987) e no Chico Anysio Show, como filho do pastor Tim Tones.

Aos 17 anos, Daniel foi escalado para viver Afonsinho na minissérie Desejo, exibida em 1990 pela Globo.

Paixão

Daniel Lobo como Pedrinho no Sítio do Picapau Amarelo

Apesar de ter feito inúmeros trabalhos na televisão, a grande paixão do ator era o teatro.

Por causa disso, Daniel Lobo fez apenas dois trabalhos no veículo nos anos 1990: a novela 74.5 – Uma Onda no Ar, da extinta TV Manchete, e a série Confissões de Adolescente, da TV Cultura.

Oito anos depois, ele voltou ao vídeo na fracassada Esperança (2002), vivendo Felipe, um dos universitários que moravam na pensão de Mariusa (Regina Dourado).

O último trabalho de Daniel Lobo na televisão foi uma participação na novela Beleza Pura, em 2008.

“Lutou até o fim”

Daniel Lobo e sua esposa

Antes de morrer, Daniel dirigia e atuava em Nise da Silveira – Guerreira da Paz, que contava a história da psiquiatra que revolucionou o tratamento mental no Brasil.

A peça teatral estava em cartaz em São Paulo e teve que ser cancelada, pois Daniel precisou cuidar de sua saúde.

Após sentir uma forte coceira, ele fez uma bateria de exames e descobriu que tinha um tumor agressivo no aparelho digestivo. Apesar de passar por cirurgia e tratamento, acabou não resistindo.

“A cirurgia a que foi submetido é a mais complexa do aparelho digestivo e ele respondeu muito bem ao procedimento. Na quarta-feira, estava bem, conversou comigo, mas nesta quinta, às 9h, entrou em choque séptico. A equipe médica me informou que ele podia não sobreviver. Pedi para conversar com ele. Disse: ‘Você é o amor da minha vida, você não pode partir, vai ser o pai dos nossos filhos’, foi impressionante, a pressão dele, que estava em zero, passou para 12 por 7. Ele foi um guerreiro, lutou até o fim”, declarou a esposa de Daniel, a regente de coral Flávia Sebold.

Infelizmente, apenas cinco semanas depois, o ator morreu, no dia 24 de março de 2016, aos 43 anos. Seu corpo foi velado e sepultado em Tubarão (SC).

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