Filha do cantor e compositor Renato Teixeira, Isabel Teixeira começou nos palcos aos 10 anos de idade. No entanto, a atual intérprete de Maria Bruaca em Pantanal estreou na televisão apenas 2019, na novela Amor de Mãe.
Na trama, ela deu vida à médica Jane, que guardava os segredos de Thelma (Adriana Esteves), que se mostrou a grande vilã da trama com o passar dos capítulos.
Ao descobrir que a comerciante havia assassinado Rita (Mariana Nunes), a médica ameaçou denunciá-la, tornando-se também vítima.
“Durante todos os dias que gravamos juntas, eu, secreta e silenciosamente, fui uma aluna dedicada. Observava como ela mesclava emoção e técnica. Uma técnica que a experiência de uma carreira que começou muito cedo na televisão vem coroar. Admirei a profissional que ela é, mas também me deliciei com o jogo de cena que ela propõe, com a entrega dela quando escuta a palavra ação”, declarou a atriz ao jornal Extra, destacando a parceria com Adriana.
Embora seu início na telinha seja recente, a atriz já tem uma longa trajetória no teatro, onde foi consagrada. Isabel atua, dirige e produz espetáculos e já ganhou dois prêmios Shell de Melhor Atriz, em 2002 e 2008.
Pantanal
A carreira de seu pai se mistura com o Pantanal – Renato Teixeira (foto acima) compôs, em parceria com Almir Sater, duas das músicas que foram temas da novela em 1990: Um Violeiro Toca, na voz do próprio Almir, e Tocando em Frente, com Maria Bethânia.
Em Pantanal, ela vive o mesmo papel que consagrou Ângela Leal na primeira versão, exibida pela Manchete em 1990.
Maria é mulher feita, madura e maltratada, tanto pela vida quanto pelo marido, Tenório (Murilo Benício), que a chama de Bruaca, marcando a falta de apreço e respeito que tem pela esposa.
Sua relação com a filha, Guta (Julia Dalavia), é seu esteio. Por isso, sofre quando ela parte para São Paulo para estudar, e seu retorno é motivo de alegria.
Maria casou com Tenório quando estava grávida e, embora fosse filha de um cafeicultor muito próspero, vê suas terras ficarem devastadas após uma grande geada.
Quando seu pai morre, Tenório vende as terras e Maria se torna um fardo para o marido. Quanto mais ele viaja sozinho por esse país, mais culpada ela se sente. Por isso, se submete a tudo sem imaginar que Tenório tem uma outra família na capital paulista.
Trama original
Quando o folhetim original foi exibido, Isabel tinha apenas 17 anos, mas ela contou que assistiu e se lembra bem do enredo. Quando recebeu o convite para atuar na obra de Bruno Luperi, resolveu assistir mais uma vez a toda a saga pantaneira.
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“Quando acompanhei (a novela), eu estava terminando o ginásio. Agora, revi e foi muito bom. Assistia por horas, um capítulo atrás do outro. A riqueza dessa personagem é uma loucura. Teve um capítulo que enquanto eu lia, sentei no chão e chorei, sabe?”, destacou a atriz ao UOL.
Isabel disse que também se emocionou nas gravações feitas em solo pantaneiro.
“Foi muito intenso, porque gravar no Pantanal é muito intenso. Na primeira vez que gravei, a gente estava em um barco. Eu e Juliano Cazarré, dirigindo o barco no rio… E aí, quando eu vi, tinham uns três barcos de motorzinho acoplados na gente, e eu fiquei muito emocionada. Com o lugar, eu já estava, mas, quando olhei para o lado e vi aquela equipe toda… Câmera, direção, som, figurino, todo mundo nos barcos. Eu fiquei tão emocionada! “, confessa. “Achei de uma grandeza e de uma força enorme, tudo misturado com aquela força da natureza”, disse à revista Quem.
