Grande estrela da música brasileira na década de 1970, Antônio Marcos teve um final de vida bastante complicado.
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Depois de trabalhar como office boy, vendedor e balconista, ele estourou a partir de 1960, quando começou a participar de programas de rádio e televisão. A consagração veio em 1969, quando conquistou o quarto lugar no V Festival da MPB da Record, quando também foi eleito o Melhor Intérprete.
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Nos anos 70, o cantor experimentou o auge, gravando muitos sucessos e estrelando filmes e novelas. Em 1973, gravou O Homem de Nazaré, maior hit de sua carreira. Na televisão, estrelou novelas como Toninho on The Rocks, na Tupi, e Cara a Cara, na Band. Ainda cantou o tema de abertura de O Profeta, que fez sucesso na Tupi.
Casamentos e filhos
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Na vida pessoal, Antônio Marcos namorou muitas famosas, se casando quatro vezes: com Vanusa (1972 a 1976), Débora Duarte (1976 a 1980), Rose e Ana Paula, com quem viveu seus dois últimos anos de vida.
Conheceu quatro filhos: Amanda e Aretha Marcos, no primeiro casamento; a atriz Paloma Duarte, no segundo, e Pablo, no terceiro. Após a sua morte, foi comprovada a paternidade de mais um, Manoel Marcos, através de um exame de DNA. Dessa forma, ele deixou cinco filhos.
Luta contra o alcoolismo
Antônio Marcos teve um grande problema em sua vida: a luta contra o alcoolismo.
Para se ter uma ideia, o cantor bateu o carro várias vezes por dirigir embriagado. Chegou a dar perda total em uma Ferrari, repondo o veículo com outra novinha 15 dias depois.
“Ele bebia muito e não comia. Seu café da manhã era uísque”, declarou, certa vez, Vanusa.
Ao mesmo tempo, ele era reconhecido pela generosidade: deu seu carro a um taxista bêbado em um bar; comprava comida em restaurantes nobres para doar a moradores de ruas e dividia tudo que tinha com amigos necessitados.
“Eu perguntava por que ele bebia tanto e ele respondia: ‘Não sou deste planeta, o mundo é muito cruel e desigual'”, relembrou a cantora.
Carreira em declínio
Nos anos 1980, infelizmente, a carreira do astro entrou em declínio. Cada vez mais afundado pelo vício em álcool e drogas, colecionou internações em clínicas de reabilitação e foi alvo de diversas matérias na imprensa.
O próprio cantor reconheceu o problema e prometeu lutar contra o vício.
“Nesse período, percebi como a bebida transforma a gente. Você bebe, cheira tóxico e pensa que seu poder de criação está mais aguçado. Tudo palhaçada”, declarou, em entrevista à revista Contigo.
De acordo com o produtor e compositor Antônio Luiz, no final dos anos 1980 a situação de Antônio Marcos era periclitante: passando sérias dificuldades financeiras, ele se mudou para Mairiporã (SP) e, muitas vezes, não tinha o que comer.
O cantor recebeu ajuda da ex-mulher Vanusa, casada, na época, com Augusto César Vannucci, que promoveu um show na Band para arrecadar fundos.
Morte
Em 1991, veio o golpe fatal. Convivendo com problemas no fígado, ele pretendia relançar sua carreira em grande estilo, cantando uma versão de Imagine, de John Lennon. No entanto, a viúva do ex-Beatle, Yono Ono, vetou a iniciativa, além da gravadora com a qual o cantor assinou contrato foi à falência.
Antônio Marcos morreu em 5 de abril de 1992, com apenas 46 anos, vítima de insuficiência hepática em decorrência do alcoolismo. Seu corpo foi enterrado no cemitério Parque dos Girassóis.
Uma última curiosidade: Vanusa morreu no dia 8 de novembro de 2020, exatamente a data de nascimento de Antônio Marcos.
“O amor é impossível. Hoje, aniversário do meu pai, Antônio Marcos. Ele veio buscar minha mãe para viverem juntos na eternidade. A vida é arte”, escreveu Aretha Marcos nas redes sociais.