Sempre sincero e sem papas nas línguas, José Luiz Datena comanda há quase 20 anos o Brasil Urgente na Band. O apresentador nunca escondeu do público suas opiniões sobre colegas, política e o programa que faz.
Além de suas falas contundentes sobre os mais variados temas, ele sempre mencionou abertamente os problemas de saúde que enfrentou ao longo de sua vida.
Em 2017, enquanto comandava o policialesco ao vivo, Datena confessou que sofreu durante anos com o vício do álcool.
“Eu mesmo sou alcoólatra, perdi metade do pâncreas”, confessou. “Hoje, bebo o mínimo que eu posso”, completou.
Antes deste desabafo, o jornalista precisou se ausentar do vídeo para realizar uma cirurgia de extração de um nódulo benigno no pâncreas. Tal procedimento ocorreu em 2006.
Males que vêm para o bem
José Luiz Datena também focalizou a luta contra o alcoolismo em entrevista ao Fox Sports, datada de 2012. Ele recordou o ex-jogador Sócrates, ídolo do Corinthians que morreu em 2011 após sofrer inúmeras complicações por conta do abuso de bebidas alcóolicas.
“Era pra eu ter morrido antes dele (Sócrates). Não fosse o tumor no pâncreas, que foi descoberto a tempo e era benigno, eu teria continuado a beber. Isso faz anos. Eu bebia muito mais que o Sócrates. O Magrão só tomava cerveja. Eu bebia o que tinha pela frente. Era pra eu ter morrido antes do Magrão”, desabafou, emocionado.
O drama de Datena voltou a ser discutido em 2021, durante uma conversa entre ele e a colega Cátia Fonseca, que apresenta o Melhor da Tarde na Band.
“O que eu me ferrei com bebida, Deus me livre e guarde. Eu era cachaceiro mesmo. Eu bebi demais na minha vida e me arrependo. Eu não me arrependo tanto, é mais o meu fígado, o meu rim, o meu pâncreas”, brincou.
Recado
O jornalista ainda deixou um recado para as pessoas que passam pelo mesmo problema que ele passou anos atrás:
“O Ministério da Saúde não precisa me avisar que beber faz mal. Eu mesmo aprendi e da pior forma. Beba com moderação e se beber, não dirija”.
Hoje, com 65 anos, Datena continua à frente do Brasil Urgente. E pela quarta vez, desistiu de concorrer a um cargo nas eleições e de se tornar um político.
