Talvez ela fique; talvez não. Fato é que Regina Volpato está de volta à TV a partir desta segunda-feira (8). A jornalista assume, interinamente, o Mulheres, da Gazeta. Contratada apenas para cobrir as férias de Cátia Fonseca, Regina pode ser efetivada na função – já que a titular migrou para a Band, onde estreia em março. A torcida é grande (e inclui este colunista): Regina Volpato, fora da TV, é inadmissível.

Ingrata, a televisão por vezes despreza figuras de muito valor para o público, para o mercado publicitário e para ela própria. Volpato – preparada, desenvolta e talentosa – se enquadra aqui. Cria da BandNews, aceitou o desafio proposto por Silvio Santos, em 2004, de assumir o Casos de Família. Interpretou, brilhantemente, o papel de mediadora: usando de bom senso, franqueza e educação.

Após uma passagem pela RedeTV!, não mais encontrou oportunidades na TV. Desenvolveu, também brilhantemente, um canal no YouTube, onde divide pensamentos, ideias e bate-papos. Tal e qual Regina Volpato, outros tantos nomes de relevância acabaram perdendo terreno com o passar do tempo. Do entretenimento ao jornalismo, há tantos talentos disponíveis que temos elenco para uma nova emissora!

Inclui-se aí Adriane Galisteu – que lástima, a Globo não a “aproveitou” como deveria -, Sabrina Parlatore, Sarah Oliveira, Olga Bongiovanni e Cris Poli, a Super Nanny. Também André Vasco, Britto Jr, Edgard Piccoli – hoje na rádio Jovem Pan -, Marcelo Tas e Moacyr Franco; estes, recentemente dispensados, respectivamente, por GNT e SBT. No campo esportivo, Bruno Laurence e Vanessa Riche, ex-Grupo Globo.

Lilian Witte Fibe, nome sempre associado à renovação do jornalismo global, e Sílvia Poppovic, marcante presença nas tardes da Band, também estão fora do vídeo. Grandes jornalistas estão disponíveis para o mercado televisivo, de Leda Nagle a Luciana Liviero: a Globo News dispensou Eduardo Grillo e Luciano Cabral; o SBT, Hermano Henning e Joyce Ribeiro; a Band, na última semana, Antônio Petrin.

Ainda, autores como Carlos Lombardi, Lauro César Muniz, Solange Castro Neves, Yves Dumont e Cláudia Lage, premiada com o Emmy por Lado a Lado (2012). Se formos falar de atores e atrizes, passo o resto do dia aqui. Acompanhar as novelas do VIVA é reencontrar uma turminha que poderia estar brilhando na tela… Mas, sabe-se lá por quê, não estão. É a televisão nos privando de um convívio que ela própria incitou.

O retorno de Regina Volpato à TV já é um bom começo. Que as emissoras deixem de vender horários para igrejas e afins e preencham suas grades com bons programas. Que privilegiem talentos, em detrimento ao “quem indica”, aos familiares de diretores e acionistas, ao elevado número de seguidores em redes sociais. O público gosta de quem é bom. E quem é bom sempre faz falta.


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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.