Uma das musas nacionais na década de 1970, Leila Cravo se tornou estrela da Globo, mas acabou caindo em desgraça após um escândalo em um famoso motel no Rio de Janeiro (RJ).
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Leila nasceu em 23 de novembro de 1953 e, ainda jovem, estreou no cinema, participando de inúmeras pornochanchadas.
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Não demorou para ela ser contratada pela Globo, onde fez uma ponta em O Semideus (1973). Em seguida, teve papéis em tramas como Corrida do Ouro (1974), Vejo a Lua no Céu (1976), Te Contei? (1978) e Sinal de Alerta (1978), seu último trabalho na televisão.
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Além disso, ela participou ativamente dos primeiros passos do Fantástico, apresentando alguns quadros, e posou para a revista Playboy.
Incidente no motel
Tudo seguida bem até novembro de 1975, quando a atriz foi encontrada nua e ferida na avenida Niemeyer, em frente ao Vips Motel, um dos mais badalados estabelecimentos do gênero na capital fluminense.
A polícia investigou o caso e concluiu que Leila havia tentado o suicídio, se jogando de uma altura equivalente a um prédio de cinco andares. O caso acabou esquecido pela mídia, apesar de estar no imaginário popular dos mais velhos até hoje.
Após décadas de silêncio, Leila deu uma entrevista ao programa Domingo Show, da Record, em fevereiro de 2018, quando finalmente contou a sua versão.
Ela disse que estava com um rapaz num dos quartos, entrou na piscina e, em seguida, viu que tinham mais dois homens no local. Um deles era ministro, que não teve a sua identidade revelada.
“Cala a boca, fica quieta, não adianta gritar que ninguém vai ouvir. E, se ouvir, ninguém vai te socorrer porque o poder aqui sou eu”, teria dito a autoridade.
Esquecida pela mídia
Após ter um revólver apontado para sua cara, ela apagou. Horas depois, foi encontrada da forma como acabou sendo divulgado. O exame de corpo de delito mostrou que ela foi violentada com uma barra de ferro.
“Se eu tivesse me jogado, se eu tivesse sido jogada, eu teria caído no mar. Um corpo com mais de 50 quilos projetado para frente, ele não volta para trás no caminho”, explicou.
“Foi como se houvesse um complô para me matar profissionalmente, nacionalmente”, emendou.
Além da dificuldade de encontrar novos trabalhos, já que, aos poucos, acabou sendo excluída da televisão, Leila teve politraumatismo, ficou em coma por alguns dias e chegou a perder o paladar, o olfato e 95% da visão do olho esquerdo.
A artista acabou se tornando empresária e escritora, mudando-se para Cascavel (PR).
“Eu costumo dizer que o meu corpo conseguiu sobreviver, mas a minha alma, não”, concluiu a atriz na entrevista a Geraldo Luis.
Ela morreu em 5 de agosto de 2020, aos 66 anos, vítima de infecção generalizada. A informação, no entanto, foi divulgada somente em outubro do mesmo ano.