Nesta quinta (13), o Big Brother Brasil 17 finalmente terminará – será a segunda final num dia diferente de terça, normalmente o dia nobre do programa, quando acontecem as eliminações.

Mesmo criticada, a edição termina em alta no Ibope por conta de toda a polêmica envolvendo o participante Marcos, que foi expulso após uma delegada de Polícia ir à Globo e dizer que houve indícios de agressões da parte do brother em sua namorada, Emilly.

O clima pesado para a final, no entanto, é exclusivo desta edição. Em outras edições, houve fatos inusitados e uma grande festa na final do programa. De entrevista ao vivo logo após, no Programa do Jô, até um beijo que o Brasil todo esperava e uma reação que viraliza na internet até hoje.

Veja os três momentos mais diferentes e curiosos de finais anteriores do Big Brother Brasil:

1 – Entrevista ao vivo no Jô Soares

A primeira edição do Big Brother Brasil estreou exatamente em 29 de janeiro de 2002. Cercada de expectativa, já que meses antes o formato foi usado como base para o fenômeno Casa dos Artistas, do SBT, o programa virou mania nacional.

Entre os assuntos mais comentados desta edição, estiveram a bulimia de Alessandra, a Leka, que acabou gerando uma discussão sobre a doença, apresentada numa série de reportagens no Fantástico.

Outro fato que gerou repercussão foi a acusação da Polícia Federal de que o franco-angolano Serginho estava em situação ilegal no Brasil. Por sorte, seu advogado conseguiu uma liminar para ele ficar em liberdade até o fim do processo e, com isso, conseguiu ficar no programa.

Mas o grande homem da atração foi mesmo Kléber Bambam. Mesmo sem esbanjar conhecimento, porém com muito carisma, ele foi disparado o mais querido pelo público. Ganhou a edição com 68% dos votos na final.

No Ibope, um estouro: foram 59 pontos de média e 76% de share. Só para efeito de comparação, os números foram maiores do que a final da Copa de 1994 na Globo – 44 pontos – e o plantão sobre os atentados de 11 de setembro em Nova York, em 2001 – 57 pontos.

A curiosidade dessa final, no entanto, ficou para o pós. Em uma atitude inédita, a Globo teve uma ideia ousada. Terminando tarde da noite, a emissora decidiu mesmo assim fazer um esquema para levar Bambam do Rio de Janeiro para São Paulo, para que ele desse uma entrevista ao vivo no Programa do Jô.

A logística foi de guerra. Logo após o término do programa, entrou o Jornal da Globo. Bambam foi colocado num helicóptero e, uma hora depois, já estava no heliponto da Globo de São Paulo, onde ficava o estúdio do Jô.

Foi a primeira e única vez que Jô fez uma entrevista ao vivo em toda a história de seu programa na Globo, entre 2000 e 2016. Atualmente, Bambam ainda é uma subcelebridade e volta e meia participa de programas, como o Pânico na Band.

O beijo esperado de Diego Alemão e Siri

A sétima edição do Big Brother Brasil é lembrada até hoje por conta de um nome: Diego Alemão. Ele não se inscreveu na atração e foi o primeiro participante a assumir que foi achado por um produtor – o próprio contou a história no confinamento.

Diego foi o protagonista da edição do início ao fim. No confinamento, viveu um inédito e inusitado triângulo amoroso, que dominou a edição por dias. De um lado, a caipira sedutora Íris Stefanelli, a Siri. De outro, a carioca despojada Fani Pacheco. Alemão nunca escondeu que sempre preferiu Siri, e pediu para ela lhe esperar fora da casa.

Diego também protagonizou brigas épicas. Em uma festa, por conta de fofocas da casa, discutiu fortemente e quase chegou às vias de fato com o participante Airton. No paredão contra Diego, Airton acabou saindo com 91%, a quinta maior rejeição da história do Big Brother Brasil em todos os tempos.

Voltando ao casal, Alemão foi chegando na final como absoluto favorito. Disputou com Bruna e Carol, duas participantes consideradas plantas, ou seja, que pouco agregaram ao jogo. Na final, ele venceu com 91% dos votos, sendo o segundo maior índice da história – perde apenas para Fael, do BBB12, que teve 92%.

Ao sair da casa, ele abraçou Carol, pulou na piscina da casa e saiu correndo para um beijo que o Brasil todo queria assistir. O primeiro ato de Alemão fora do programa foi beijar a mulher que ele mais queria: Íris. O fato foi o pico de audiência da final do BBB7, que na ocasião fechou com 50 pontos de média, com picos de 54.

Depois do confinamento, Diego Alemão e Íris namoraram por cerca de três meses e terminaram o romance. Na época, Alemão culpou a imprensa e disse que o alvoroço que se tornou a vida deles atrapalhou bastante o andamento de tudo. Hoje, os dois são amigos e recentemente se reencontraram.

A advogada Fernanda e a careta de campeã

O Big Brother Brasil 13 estreou com uma missão clara: tentar reverter o quadro de repercussão e audiência das duas edições anteriores. Para isso, Boninho teve algumas ideias.

Selecionou um bom elenco de anônimos, como Andressa Ganacin, Aline Aguiar, Nasser Rodrigues e Fernanda Keulla, e os colocou juntamente com participantes históricos do programa, assim como fez na 10º edição. Neste caso, foram escolhidos Natália (BBB8), Fani (BBB7), Dhomini (BBB3), Eliéser (BBB10) e Kléber Bambam (BBB1).

Sem paciência e dizendo não aguentar o confinamento novamente, Bambam pediu para sair no quarto dia de programa. Com isso, Yuri, do BBB12, entrou em seu lugar. A edição foi tão maluca que Pedro Bial a apelidou de BBB Crazy.

Aos poucos, Fernanda foi ganhando espaço. Viveu um conto de fadas postiço com o participante André, com quem namorou por dois anos depois do término do programa – ela o chamava de príncipe.

Aumentando sua importância, Fernanda acabou agradando o público com o seu jeito doce e meigo. Fugiu de alguns paredões e chegou à final com Andressa e Nasser, deixando todos os veteranos para trás – muita gente dava como certo que Dhomini ganharia.

Mas o que fez Fernanda entrar para os anais da história do BBB foi sua reação ao saber que venceu o prêmio, com 62,79% dos votos na ocasião. Ao fim do discurso de Pedro Bial, Fernanda soltou um sonoro: “Você tá brincando, Bial!”.

Melhor do que isto, só sua careta de quem está atordoada. Até o fim daquela edição, mesmo saindo da casa, cumprimentando o apresentador e abraçando sua família, Fernanda parecia incrédula. Foi tão hilário que o próprio Bial, em entrevistas, disse que aquela final foi a mais divertida para ele.

Fernanda foi contratada da Globo até outubro de 2015. Apresentou dois programas locais na Globo Minas: o Pratos e Panelas, nas manhãs de sábado, entre 2014 e 2015, e o Moda e Estilo, nas tardes de sábado, por seis meses, em 2015. Ela também fez trabalhos para o Multishow, e hoje dedica-se ao mundo da moda.


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