O Encontro, apresentado por Fátima Bernardes nas manhãs da Globo, é, inegavelmente, um programa consolidado na grade de programação, principalmente depois de um início difícil.

Nos primeiros meses do programa, a atração ainda tentava encontrar o melhor formato, um jeito bom de ser agradável sem ser chato. De fato, conseguiu isso por algum tempo, principalmente na temporada de 2014 – talvez ajudado pela Copa do Mundo.

Isso pode ser exemplificado pelos números. No primeiro ano, o Encontro chegava a marcar índices na casa dos 5 pontos de Ibope, perdendo frequentemente para o SBT. Hoje, marca 8 pontos e é líder com muita tranquilidade.

Mas, nos últimos tempos, Fátima Bernardes e sua trupe parecem pouco inspirados. Cada vez com temas mais estranhos, com exemplos bizarros, o programa prece ter um grave problema de pauta.

Recentemente, no Twitter, brinquei com a querida Bic Muller que era preciso uma consultoria de pautas para o programa, principalmente quando se fala em temas sobre as mulheres.

O problema do Encontro é principalmente o fio da meada para as discussões. São temas que você tem a impressão de já ter visto em outros lugares. Aquela sensação de déjà-vu fica sempre no ar.

Além disso, a discussão é rasa. Na semana passada, por exemplo, o programa discutia depressão. A doutora especializada no assunto pouco falou. As falas de maior tempo ficaram com famosos, que pareciam ter pouco a agregar aqui.

A intenção da atração pode ser até a melhor, mas falta algo para a discussão ficar temperada. Falta algo para ser de fato um grande serviço para o seu telespectador, sendo que Fátima Bernardes é líder de audiência em todo o Brasil.

Hoje, o Encontro é mais um passatempo na Globo, por conta dos bate-papos que levam ao nada. Não há aprofundamento, não há, de fato, aquela ajuda que deveria acontecer. É a discussão do nada por vários minutos. Isso incomoda para um programa que quer ser agradável, mas que, no fim das contas, parece inútil.


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