Encontro com Fátima Bernardes completa oito anos de estabilidade na grade da Globo

01/07/2020 às 19h49

Por: Sergio Santos
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O programa que Fátima Bernardes tanto idealizou na Globo completou 8 anos na última quinta-feira (25/06). O “Encontro” fez aniversário em um momento bem complicado: o país e o mundo atravessam uma pandemia que já deixou milhares de mortos e mais de 50 vítimas estão no Brasil. Por isso mesmo não houve festa e nem aglomeração para comemorar o período considerável no ar da atração da ex-âncora do “Jornal Nacional”. Mas a comemoração é justa.

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O “Encontro” estreou em junho de 2012 cercado de expectativas. Afinal, era a estreia de Fátima Bernardes em uma nova área, após anos atuando como repórter e âncora do “Jornal Nacional”. Porém, não demorou muito para que a desconfiança passasse a rondar a nova atração. O programa se mostrava mais do mesmo e a jornalista estava insegura, o que era algo natural em virtude da nova rotina da apresentadora. Aos poucos, no entanto, Fátima foi se adaptando até conseguir a desenvoltura que se esperava em um formato de entretenimento.

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Após anos no jornalismo e precisando manter uma postura mais séria, com exceção de algumas matérias mais descontraídas (como na época da Copa do Mundo), era normal que Fátima sentisse uma certa dificuldade em se soltar no começo. Assim como era esperado que o telespectador se surpreendesse, à medida que a apresentadora fosse relaxando ao longo do tempo no comando do seu programa.

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E tudo isso de fato aconteceu. Fátima já se arriscou no pole-dance, dançou de patins, fez a coreografia da Beyoncé e chegou até a cantar “Segura o Tchan”, um dos maiores sucesso do grupo “É o Tchan”. Foram tantas ”performances” que fica impossível citar todas.

Apesar de ainda ser considerada uma ‘novata’ na área, tem muitos apresentadores que precisam ter umas aulas com a Fátima de como se portar em um programa. E outro fato que merece menção (e que confirma o sucesso da responsável pelo “Encontro”) é o festival de participações que tem feito nas novelas e produções da Globo ‘interpretando’ a si mesma. Antes era bem mais comum as presenças de Luciano Huck e Faustão nos folhetins, quando havia a necessidade de inserir algum programa dentro das tramas ficcionais. Mas, a favorita passou a ser a Fátima, embora Ana Maria Braga também seja muito requisitada.

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Nos primeiros anos de programa, Lair Rennó e Marcos Veras eram os companheiros de Fátima no palco. Funcionavam como debatedores dos assuntos do dia, sempre com um toque mais voltado para o humor e a descontração. Veras foi o primeiro a sair e não fez falta, enquanto Lair foi mais longevo. Esteve com a apresentadora até o final do ano passado, quando acabou desligado sem maiores explicações da Globo. A ausência dele já é mais sentida em virtude da boa sintonia com a jornalista. Foi substituído por André Curvello, que migrou do jornal local “RJTV” (no Rio de Janeiro) para a atração. Os dois ainda tentam achar um bom entrosamento.

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Fátima ficou 49 dias afastada da programação vespertina em 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. O “Encontro” cedeu lugar ao ótimo “Combate ao Coronavírus”, comandado por Márcio Gomes. O retorno implicou em medidas de proteção inevitáveis atualmente: sem convidados presenciais, bandas ou apresentações musicais no palco e nada de plateia. Porém, o formato ficou até melhor sem tudo isso. Focada apenas em uma conversa de Fátima com seus convidados por vídeo-chamadas, a atração ficou mais dinâmica. Algumas vezes, na época do sofá com vários cantores e atrizes/atores, Fátima não conseguia estabelecer um bom papo com ninguém e a correria acabava tomando conta. Era a necessidade de fazer muita coisa em pouco tempo. Agora o conjunto ficou mais “calmo”.

O “Encontro” completa oito anos de estabilidade na grade matutina da Globo e é um feito que merece reconhecimento. Até porque Fátima Bernardes pode ser considerada uma exceção da migração bem-sucedida do jornalismo para o entretenimento. Até então, infelizmente, Patrícia Poeta e Fernanda Gentil não tiveram a mesma sorte. O sucesso do programa se deve muito ao carisma de Fátima e ao carinho que o público sempre teve pela jornalista. Também houve uma preocupação em adaptar aos poucos o formato ao longo dos anos para gerar maior interesse da audiência. Não há como negar que funcionou.

SOBRE O AUTOR

SÉRGIO SANTOS é apaixonado por televisão e está sempre de olho nos detalhes, como pode ser visto em seu blog. Contatos podem ser feitos pelo Twitter ou pelo Facebook.

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