Muitos talentos passaram pelo programa Pânico e um deles foi Evandro Santo, que ficou conhecido pelo personagem Christian Pior. De forma divertida e debochada, ele entrevistava os famosos em festas chiques.
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Durante a cobertura do casamento do ex-piloto Emerson Fittipaldi, Evandro passou por um momento grave e que poderia ter custado a sua vida. E o fato foi presenciado por ninguém menos que Fausto Silva, que hoje enfrenta diversos problemas de saúde, tendo passado recentemente por dois transplantes.
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Em entrevistas recentes, o humorista não escondeu o seu problema com as drogas ao longo dos anos. Em 2012, ele era um dos principais artistas do elenco do programa e estava sempre presente em festas e eventos para fazer suas matérias.
“Tive um AVC na frente do Faustão”
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Em 2012, na cobertura do casório de Fittipaldi, ele teve um princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC) na frente do Faustão, tudo por conta do uso de drogas antes da entrevista. Para completar, ele ficou emocionado ao encontrar o astro.
“Tive três princípios de overdose. No casamento do Fittipaldi, eu começo a ter um AVC na frente do Faustão e o ‘Pânico’ não excluiu essa cena. Pensei que ia demorar alguém para chegar no casamento, fui no banheiro cheirar e o primeiro convidado era o Faustão. Comecei a enrolar a língua na frente dele”, relembrou o astro, em entrevista ao IG Gente em 7 de julho de 2021.
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Lutando contra as drogas
Segundo Evandro, foi em 2014 que ele buscou ajuda para combater o vício, que vinha acabando com sua saúde e seu desempenho no trabalho.
“Cheguei travado na Jovem Pan, fui na sala do Emílio (Surita) e falei: ‘Me manda embora porque eu não estou digno de trabalhar aqui. Não vou dar o meu melhor aqui. Não sou digno desse emprego’. Ao invés de atender ao pedido de Evandro, Emílio o ajudou a se internar”, contou.
O humorista foi internado em uma clínica de reabilitação, mas, segundo ele, o momento no qual encontrou paz foi quando participou do reality show A Fazenda, em 2018.
“Tive uns dez ou doze fundos do poço. Sabia que era fundo do poço e o dia que eu saí às 3h da manhã da minha casa na Augusta e fui para a Rego Freitas (rua em São Paulo) acordando todo mundo para conseguir drogas ilustra bem isso. Bati na porta do traficante às 5h30 da manhã e o cara dormindo. Tinha que conseguir droga, era necessário como se fosse oxigênio”, relatou.
Sempre um recomeço
Em 2020, Evandro entendeu que precisava sair daquela vida e buscar tratamento sério para largar o vício. Desde então, já passou por mais algumas internações em clínicas de reabilitação.
“Uma das minhas sortes é que não afetou tanto meu cognitivo, mas se eu continuasse usando me daria um ano de vida. Já estava no nível de convidar traficante para o meu aniversário no meio de outras pessoas que não eram adictas. Não estava separando uma coisa da outra”, explicou.
“A gente precisa saber, porém, que a evolução não é uma constante. Existem altos e baixos na recuperação de um adicto. E esses altos e baixos são fundamentais. Eu preciso ter momentos de tristeza. Esse é o fim e não o começo de uma coisa. Entender que o momento difícil passa é autoconhecimento”, destacou, em entrevista ao IG em 29 de junho de 2022.