Na segunda, eu escrevi um mesmo texto neste espaço, dizendo que Emilly certamente iria sair no paredão desta terça-feira (7) do Big Brother Brasil 17. Era meio óbvio, vide a rejeição dela nas redes e nas ruas.

O porém é que aquele texto foi escrito antes do programa da última segunda-feira (6). Em uma “trollagem” digna daquelas do Pânico na Band – boba, estranha, que fazia rir mais pelo situação constrangedora do que pela brincadeira, Emilly foi “eliminada” e a casa foi dividida num “muro”, tal qual o que Donald Trump quer construir para dividir os EUA do México.

Mas se engana quem acha que a brincadeira foi extremamente boba. Muito pelo contrário. Para o público médio, aquele que não acessa tanto as redes sociais, viu a zoeira e ficou com uma espécie de “peninha” de Emilly.

Defendo e defenderei a permanência de Emilly, enquanto ela for um personagem interessante. Mesmo sendo birrenta, infantil, blasé, achando-se a estrela e a queridona do Brasil, Emilly é a principal personagem do programa.

E a edição do BBB17 fez questão de mostrar isso para o público. Indiretamente, o tom foi “olha, ela é chata, mas ela é a alma desse programa. Vocês querem mesmo deixar gente chata?”. O público parece que entendeu direitinho…

Na noite de eliminação, algumas surpresas. Pedro sair com uma rejeição de 71% foi absurdamente surpreendente. Gente fina e tranquilo, Pedro, se eliminado, merecia sair menos que isso. Bem menos até, a considerar com quem ele disputava.

Outra surpresa foi a cara de Roberta, sem dúvida uma das melhores reações da história do programa. A cara de “é, eu me ferrei” deu a entender que ela precisa agir para não rodar o quanto antes.

Alias, mesmo sendo boba, a trollagem pode ter servido para uma coisa: abrir o olho de toda a casa, que mais falava do que agia, e fazia o BBB17 ser uma das edições mais chatas da história.

O programa acordou, para o bem e para o mal. Ou o programa engrena no fim, ou entra no marasmo total. A segunda opção, vide o que vimos nesta terça, é a mais difícil, certamente. Antes tarde do que nunca!


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