Na última quarta-feira o Brasil parou para acompanhar a homenagem da Globo aos 100 anos do velho guerreiro, o Chacrinha. Exibida após a novela das 21h, a atração rendeu uma excelente audiência para o canal, mesmo com seu horário ultrapassando as 00h.

Chacrinha: o Eterno Guerreiro foi apresentado por Stepan Nercessian fazendo uma releitura do programa de auditório que marcou a carreira do querido apresentador. Cenário colorido e luminoso, jurados divertidos, irreverência de Stepan, tudo nos levou aos anos 80/90 sem voltar no tempo.

E por que esse saudosismo aconteceu? Por que o programa conseguiu arrastar quase 30 pontos de audiência de ponta a ponta em seu horário de exibição?

O especial do Chacrinha trouxe a alegria dos programas de auditório. Aliás, alegria essa que se perdeu e já não encontramos mais. Vamos fazer uma breve reflexão: qual programa de auditório te diverte nos tempos atuais? Pois é, se você parou para pensar e, após um espaço de tempo só conseguiu lembrar de Silvio Santos, Faustão e Ratinho (que mesmo assim ainda carrega um pouco de assistencialismo em seu programa), percebemos o quanto essa vertente de atrações está esquecida.

Hoje as emissoras estão puramente preocupadas com audiência a qualquer custo. Assim, programas que poderiam nos divertir se transformaram em ajudantes sociais para comover o telespectador.

O especial de Chacrinha não nos trouxe apenas a saudade do velho guerreiro, mas também a falta que os programas de auditório fazem na televisão. Uma atração simplesmente feita para divertir, nada mais que isso. Talvez agora, com todo esse cenário de audiência e repercussão que foi visto, algum diretor tenha a grande ideia de simplesmente voltar à essência e apenas se preocupar em divertir quem assiste nossos programas de auditório atuais.


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