Em estado terminal, Hebe guardava segredo sobre fortes dores

A partida de Hebe Camargo completa 10 anos no próximo dia 29. A rainha da TV brasileira lutou bravamente contra um câncer no peritônio. Sempre de bem com a vida, Hebe jamais demonstrou cansaço ou medo durante o tratamento.

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Contudo, o documentário Hebe – Um Brinde à Vida, que o Globoplay lançou recentemente traz outros dados sobre a reação da apresentadora às consequências da doença e do tratamento.

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Recurso para sentir menos dor

A produção reúne familiares, colegas de trabalho, amigos e fãs de Hebe Camargo em depoimentos entremeados por imagens de arquivo. Uma das falas mais comoventes veio da radialista Cidinha Campos:

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“A última vez que vi a Hebe, ela estava muito doente e usava uma cinta para sentir menos dor. Ela não queria dar bandeira, falei: ‘Que sapato lindo, Hebe’. Ela disse: ‘Mas não estou aguentando ficar de pé, dói muito’ Acho que para ninguém, a não ser para o filho dela, ela fez esse tipo de confissão porque era dura na queda”.

Quem também deu detalhes sobre os últimos momentos de Hebe foi o filho Marcello Camargo. O também apresentador contou que a mãe sempre reagia à sua presença com um grito entusiasmado. Nos últimos de vida, porém, a “gracinha” deixou de responder à chegada do herdeiro.

“Ela sempre falou: ‘Reza que amanhã vou estar melhor’, mas tinham dias que via ela triste. Um dia muito doído foi quando falei que éramos muito sonoros. Cheguei, gritei e ela não respondeu”, lamentou.

Xô, tristeza!

Apesar de tais relatos, Hebe – Um Brinde à Vida é uma exaltação às qualidades da artista como mulher, mãe, trabalhadora e cidadã.

Adriane Galisteu, que pode se posicionar sobre a morte do namorado Ayrton Senna no sofá da apresentadora – enquanto a família do piloto e boa parte da imprensa consideravam Xuxa Meneghel como “viúva” –, ressaltou que a tristeza não cabia na estrela do SBT.

“O sofrimento da Hebe, eu não lembro, não quero lembrar e acho que não combina com ela”, destacou.

Linda de viver

Figuras como Xuxa, Silvio de Abreu, Roberto Carlos, Luiza Brunet, Hortência Marcari, Fátima Bernardes, Eliana, Angélica e Ana Paula Padrão também festejaram o talento e a alegria de Hebe.

“Foi uma vida muito intensa, muito gostosa, de encontros e desencontros. Uma pessoa inesquecível para quem passou perto, sentiu o perfume, conviveu, ouviu, jamais vai esquecer”, ressaltou Cidinha.

Em quatro episódios, o documentário traz, inclusive, contradições de Hebe como os protestos contra a política, apesar da proximidade de figuras como Paulo Maluf, e a manutenção de relacionamentos abusivos, mesmo empoderada e dona do próprio nariz.

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