Em estado terminal, astro dos anos 90 implorou: “Não aguento mais sofrer”
18/06/2023 às 9h55
O locutor Asa Branca, que fez uma participação em O Rei do Gado em 1996, obteve bastante sucesso na carreira e enriqueceu rápido; ele morreu em 2020 de uma forma bastante sofrida.
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Com uma vida de noitadas, festas e sexo, o artista acabou gastando toda a fortuna acumulada e contraiu HIV em 2007. Há três anos, Asa Branca, nascido Waldemar Ruy dos Santos, perdeu a luta contra um câncer terminal na mandíbula.
“Gastei tudo na noite com bebida, drogas, jatos, helicóptero e festas”, confessou à Revista Quem pouco antes de falecer.
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Vida entre fios
No dia 25 de janeiro de 2020, Asa Branca (na foto acima, com o apresentador Geraldo Luís) foi internado devido a complicações do câncer. A morfina que ele tomava para controlar as dores não surtiam mais efeito e ele sofria fortes incômodos na região dos tumores, que haviam se alastrado para garganta e coluna.
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Em estado terminal, o famoso já não conseguia se alimentar nem mesmo por sonda e passou a não reconhecer mais familiares e amigos.
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Falecimento
No dia 4 de fevereiro do mesmo ano, a família informou o falecimento do artista em um comunicado enviado à imprensa.
Segundo a esposa de Asa Branca, Sandra dos Santos (na foto acima com o artista), ele mesmo pedia para morrer por não aguentar mais ter a saúde tão debilitada.
“A médica disse ‘talvez ele passe o Natal na sua casa, se a infecção ceder’. Ela disse ‘na minha expectativa, ele tem mais um mês de vida’”, revelou. “Ele não aguenta mais, ele mesmo já pede para morrer. Ele pede para Deus toda hora: ‘tira meu sofrimento, não aguento mais sofrer’”, completou, em entrevista à RedeTV!.
Locução
Apesar de ter se tornado locutor profissional, o ofício não foi o primeiro desejo de Asa Branca. O sonho do artista era ser peão, mas foi interrompido quando caiu de um touro e teve o pulmão perfurado.
Após o incidente, o jovem, que ficou órfão de pai e mãe aos 15 anos, mudou-se ilegalmente para os Estados Unidos e descobriu a locução. Quando retornou ao Brasil, trouxe um microfone sem fio e passou a trabalhar com os conhecimentos adquiridos na viagem.
Além de O Rei do Gado, Asa Branca participou de outro sucesso global, o folhetim Mulheres de Areia, produzido em 1993.
Diagnóstico tardio
Asa Branca (na foto acima, com Sérgio Reis) teve o primeiro diagnóstico do câncer em 2017, mas já descobriu a doença em estágio avançado. O artista foi diagnosticado com um tumor maligno de orofaringe, localizado na parte de trás da boca, que incluía a língua, a amígdala e as partes lateral e posterior da garganta.
Morto aos 57 anos, deixou cinco filhos, cada um com uma mulher diferente. Com a atual esposa, que também era soropositiva, Asa Branco vivia desde 2008, quando começou a mudar de vida, mas já era tarde.
“Me arrependo de bebidas e drogas. Gastei tudo que eu tinha na noite com bebida, drogas, jatos, helicóptero e festas. Quando contraí o vírus do HIV, parei com as festas e a vida desregrada. Hoje levo uma vida totalmente diferente”, disse à publicação em 2018.