A Record está muito distante do que prometeu em meados dos anos 2000: após investimentos na programação, a rede se dizia a “nova líder” da TV aberta.
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O projeto ficou pelo caminho… O canal vai comemorar seus 70 anos com enlatados e reprises – Vidas em Jogo (2011, foto) volta na próxima segunda-feira (30), às 21h45.
Passado de glória
Nem mesmo na época em que era, digamos, menos promissora, a Record entregou uma programação tão fraca e pouco competitiva.
Pelos idos da década de 1990, já sob o domínio de Edir Macedo, a rede investia em uma grade diversificada, que ia das novelas aos infantis, como o Eliana & Alegria (1998), passando por jornalísticos e esportivos – além de estrelas mais bem quistas que as de hoje.
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A rede chegava à liderança com Raul Gil aos sábados. Também possuía o feminino mais assistido fora da Globo, Note e Anote. E fez de Tom Cavalcante apresentador…
Terceirização
Para comemorar as sete décadas de atividade, a Record providenciou um festival de reprises e enlatados, altamente explorados na TV paga e na própria emissora.
Com o fim da reapresentação da série A Lei e o Crime (2009), no próximo dia 30, as noites passarão a contar com produtos terceirizados (e já esgotados).
Quilos Mortais, sob o comando de Celso Zucatelli, estreia na quarta (1°), às 22h45, permanecendo no vídeo até o fim de abril. Na quinta (2), o retorno do Repórter Record Investigação, com Luiz Fara Monteiro. Para segunda (6), Aeroporto – Área Restrita, apresentado por Cesar Filho.
Mais do mesmo
Após quase duas décadas de dedicação à dramaturgia, a Record vai celebrar o 70° aniversário com a grade tomada por reapresentações. Vidas em Jogo substitui Amor Sem Igual (2019), também repeteco.
O horário nobre segue ainda com a quarta exibição de Jesus (2018), enquanto o período vespertino conta com Os Dez Mandamentos (2015).
Para o próximo dia 4, a rede programou o show Luan City Portugal, estrelado por Luan Santana. Até o espetáculo inédito soa como reprise: a Globo exibiu um Som Brasil dedicado ao cantor no mês passado.
Como se vê, a Record não tem motivos para comemorar. A emissora e o espectador mereciam muito mais…